terça-feira, 31 de julho de 2007

Liberdade

Foi o boné pra trás que chamou atenção. Engraçado, nunca gostou de bonés. Sentou ao seu lado e perguntou o que fazia ali. Ele respondeu apenas com um sorriso. A chuva fazia uma melodia melancólica então teve vontade de chorar. Ele disse que quase podia sentir a brisa do mar, tirou o boné e deixou o vento afagar seus cabelos. Não pôde mais conter as lágrimas. As luzes da cidade piscavam, como se fosse um sinal. Levantou e estendeu a mão pra ele, que olhava intrigado. Seu boné, agora seguro em uma das mãos, quis rebelar-se, por isso, quase com reverência ele posicionou sobre a cabeça. Fica melhor em você, ele disse, e não concordou pois não tinha um espelho por ali. Pulou, agora tinha certeza que podia voar.



quarta-feira, 25 de julho de 2007

Livre Tradução

Oh, o tormento criado na raça,
o grito terrível da morte
e o pulso que bate na veia
a hemorragia que nenhum pode estancar, o luto,
a maldição que homem algum pode suportar.

Mas existe uma cura na casa
e não fora, não
não de outros mas deles,
sua conquista sangrenta. Nós cantamos para vocês
deuses negros de debaixo da terra.

Agora escutem, vocês poderes extasiados do subsolo
respondam ao chamado, mandem ajuda.
Abençoem as crianças, dê a eles triunfo agora.



O início do fim.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

2 triângulos

o primeiro está aqui: http://latexana.blogspot.com/2007/04/1-tringulo.html


Você se lembra a primeira vez que a beijou. A mãe dela tinha morrido a tarde anterior e você não tinha desgrudado dela por um segundo, caso ela chorasse e tivesse que esconder o rosto em suas roupas.
Mas ela não tinha chorado até aquela hora e você tinha começado a ficar preocupada. Afinal, por mais que você não se desse bem com a sua mãe você choraria se ela morresse, pelo menos você acha que sim, quando tinha dez anos.
E essa menininha séria com grandes olhos castanhos e cabelo loiro encaracolado que achava a mãe a pessoa mais importante do mundo não tinha derramado uma lágrima ainda. Você achava que ela estava em negação.
Você tinha aprendido a palavra a pouco tempo e a usava constantemente, muitas vezes de forma errada, para impressiona-la. Na época ela não era tão esperta como é agora e ainda te olhava com admiração quando você falava com aquele ar de quem sabe das coisas.
Agora não adiantava falar nada, porque ela não chora, não ri, não fala, mal se mexe e você estava entrando em desespero. Você olhou nos olhos dela e tentou se comunicar daquele jeito especial que vocês duas têm, sem se falar.
E de repente ela olhou, de verdade, pra você, piscou uma vez, duas, se agarrou ao seu pescoço e soluçou sem parar. E você ficou aliviada porque isso significava que ela ainda podia sentir. Você simplesmente a segurou enquanto ela dormia de tanto chorar.
Horas depois, quando vocês duas estão acordadas, ela olhou em seu olhos e fez uma pergunta:
-Por que?
E você queria saber responder, melhor, queria que nada de terrível tivesse acontecido. Mas isso está fora do seu alcance e você quer apenas consolá-la, então abaixa a cabeça, fecha os olhos e a beija. Ela relaxa imediatamente e é muito doce e rápido. Uma boa lembrança em meio a dor.
Ela volta a dormir em pouco tempo, e você nunca vai contar mas aquele foi seu priemeiro beijo também.


Vocês duas estão mais crescidas e você nunca mais pensa naquele dia. Exceto quando pensa. Vocês vão ao shopping pra olhar meninos bonitinhos mas você ainda segura sua mão. Ela olha pra você tendo reaprendido a sorrir e alguma coisa se mexe no seu estomâgo quando ela o faz. Você pisca pra ela e aperta sua mão mais forte. Talvez assim as borboletas vão embora.


O dia em que aquele menino loiro de ombros largos é transferido pra sua escola a vida de todos muda.
Ambas flertam com ele, embora ela tenha um namorado e você tenha vários. Dá pra ver que ele sente algo pelas duas, mas é você que ele escolhe. Você acha estranho, mas parece que sua ligação com ela está se esvaindo.
Logo você descobre porque. No início não pode acreditar que está sendo traída, não por ele, não por ela.
É a sua vez de perguntar por que e são seus olhos que estão secos. Ela chora desesperadamente e não olha no seu rosto. Você segura o queixo dela e a força a olhar, quanto mais doloroso for, melhor.
-Porque sim. Porque eu estava com ciúme. Porque você passa o tempo todo com ele e se esqueceu de mim.
Ela responde com raiva, o rosto vermelho de irritação e lágrimas e de repente é você encostada na parede e ela te beijando.
Você não tem dez anos mais e a sensação da língua dela massageando a sua é incrível. Perfeita até.
Mas você ainda está muito magoada e com todo o veneno que consegue acumular cospe, quando ela te solta.
-É assim que você fazia com ele?
Vocês ficam sem se falar por meses.


Eventualmente os três chegam a uma espécie de acordo. Todos amigos, sem ninguém beijando ninguém, não que ele saiba sobre vocês duas. Pelo menos você acha que não.
Mas no segundo em que ela começa a namorar aquele músico você e ele voltam a ficar juntos.
Ele é um doce e finalmente você tem a sensação que pode parar de proteger os outros e deixar que ele te proteja. É um sentimento maravilhoso e você acredita que está apaixonada. Você mostra suas cartas para ele e ele entende, ele é esperto também. Você ama a boca dele e a sensação da barba mal feita contra seu rosto. Ficaria dias seguidos na cama só os dois, mas ele é responsável demais para isso. Você ama isso nele também.
Quando ele diz que te ama você acha que vai explodir de felicidade, mas um gosto amargo toma sua boca, tudo está dando certo demais.
E você está certa porque ela aparece no seu quarto, parecendo a beira de um ataque. Você segura as mãos dela entre as suas e pergunta o que tinha acontecido sem falar nada.
-Eu estou apaixonda por ele.
-Pelo músico?
-Não...
Ela olha pro chão e você descobre tudo que ela não consegue dizer. Brava é o mínimo que você fica.
-Por Deus, Pey, eu quase comecei a achar que você ia contar uma coisa inovadora. Sinto muito, mas ele está bastante apaixonado por mim.
Ela nem se mexe.
-E estou apaixonada por ele, portanto...
Fala mais alguma coisa sem importância, porque nota como ela fica pálida e arregala os olhos.
-O que? O que mais?
-Eu estou apaixonada por você também.
E se você já estava com raiva agora sua ira é total. Porque a verdade é que seu estomâgo formiga, seu coração se incha de algo parecido com satisfação e nada disso são boas notícias.
Você se pergunta porque ela teve que estragar tudo.
O tapa que você dá quase quebra sua mão, mas é o beijo violento e furioso que você tasca nela que dói mais.
Ela não sabe o que pensar então você deixa as coisas claras.
-Isso foi um adeus.
Você vai embora, pra casa do seu namorado, sem olhar pra trás.



Levemente inspirado por One Tree Hill. Levemente mesmo, pq se eu assisti tres eps de negocio inteiros foi muito. Parte da minha teoria que todo mundo quer se pegar.




segunda-feira, 9 de julho de 2007

E a hora mais escura é logo antes da Aurora

e ae, alguém já viu fanfic de novela? Pois eu escrevi uma. Quase uma continuação de Território, só que esse é usando os personagens da novela mesmo. Essa história já está comigo a muito tempo, mas finalmente consegui escrever o final. Ficou bem diferente da minha proposta inicial, mas fazer o que.


Ela gostava contra o armário. Todo o peso de seu corpo sustentando pelos braços fortes dele. Nenhuma peça de roupa retirada, apenas a saia levantada e a calcinha pelos joelhos.
Ele ficava de cueca samba-canção branca. E óculos. A beijava, o ritmo de sua língua imitando o dos quadris . Suas costas ficariam doloridas depois mas ela não se importava, a lembrança seria agradável.
Cravava as unhas nas costas dele e sempre se impressionava em como aquele paspalho desengonçado era tão sólido ao toque. Não havia confusão ou atrapalhamento em seus movimentos, apenas precisão. Precisão era bom.
Era tudo muito rápido, intenso e fácil de fingir que nunca aconteceu. Mas daquela vez ele abraçou por mais tempo, beijou seu pescoço, seus olhos, sua boca, não com a violência costumeira, mas gentil e profundamente.


-Gorda assanhada.
Ele adorava ver como a afetava. Era tudo um jogo na verdade. Ele jogava insultos, aqueles eram seus favoritos, com a voz mais rouca e sexy que possuía, e ela fingia ficar ofendida.
Pelo menos costumava ser assim. Atualmente ela mal escondia a antecipação. Um sorrisinho de lado teimava em estampar seu rosto pelo resto do dia.
Eles já estavam treinados, quanto mais insultos, não-beijos e olhares de soslaio houvessem, melhor seria depois.
Ele tinha um estilo diferente do dela. Sempre deitado, de preferência numa cama e, na medida do possível, lento, ele no controle. Tirava o mais vagarosamente possível a roupa dela, e a sua, e se ela fazia menção de se cobrir segurava seus pulsos gentilmente e lhe dizia ao pé do ouvido:
-Você é linda, minha gorda assanhada.
Nunca um insulto se confudira tanto com uma declaração de amor.


O resto do tempo eles agiam normalmente, eram amigos, melhores amigos, e melhores amigos não tem esse tipo de sentimento. Fingiam não sentir ciúmes. Ela era péssima, honesta demais, não conseguia disfarçar. Ele era bonito, por mais paspalho que fosse, e ela sabia. Estava sempre pendurada em seu braço, possesiva.
Ele fingia melhor, mas teve aquela vez em que ele socou aquele cara. Só ele podia chama-la de gorducha, só ele. Ela não podia evitar de sorrir com a lembrança, e quase sempre o atacava, puxando para um quarto qualquer, deixando a porta semi-aberta. A possibilidade de serem pegos era o mais excitante e dava uma desculpa para a rapidez.
Mas uma vez foi ela que não o soltou. Foi ela que com uma expressão quase tímida, incerta, perguntou no pescoço dele:
-Você sabe que é brincadeira, né? Você sabe que eu não te acho um paspalho de verdade.
Os olhos dele trancaram nos dela, arregalados de espanto.
-Você, você sabe que eu te amo, não é?
Ele relaxou aos poucos e abriu um sorriso imenso.
-É claro que eu sei, minha gorda. Agora, que tal fechar a porta?

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Da importância das coisas (ou Momento Geek 2)


Já entramos em julho e meu entusiasmo geek só faz aumentar. Como eu ainda não tive nenhum sonho premonitório indicando que o sétimo livro vai ser um desastre (o que aconteceu logo antes do sexto) e o trailer do quinto filme é de longe o melhor de todos os tempos partilharei minhas expectativas quanto a Harry Potter.

Quanto ao quinto filme (o que não pode faltar):


1- Política: pra mim uma das razãos que o quinto livro se destaca é porque finalmente nos é dada a chance de vislumbrar mais a fundo todos os problemas burocraticos, judiciais e diabo a quatro que assombram também aqueles que utilizam de bruxaria. Nem tudo pode ser resolvido por um passe de mágica e é muito importante que Harry, e o espectador, entendam isso. Esqueçam esse papo de ação, ação, ação e me deem um filme pra pensar.

2- Quebra do vislumbramento: continuação natural do item acima, se vierem mais uma vez com uma daquelas cenas 'oh meu Deus, o mundo mágico é tão mais legal que o nosso por causa disso" eu revolto. Já tá mais do que na hora que alguém reconhecer que esse mundo é tão ruim, ou pior, que o nosso, o dos trouxas. Alguns preconceitos são infinitamente mais enraizidos e eles realmente não gostam de novidades. É sombrio e solitário e adoraria alguma confirmação verbal que um personagem concorda comigo.

3- Hermione: totalmente parcial, mas se ela não for hiper importante, simplesmente não estarão contando a história da ordem da fênix. Eu até entendo por que em GoF ela não pode aparecer tanto mas agora não existem mais desculpas. O livro é dela e espero que o filme seja também, se cortarem, por exemplo, a cena em que ela é atingida no ministério da magia e quase morre, vou ficar possessa. Eu não sou nenhuma puritana que precisa que todas as linhas do livro estejam no filme, na verdade o meu favorito é justamente o filme que mais se distancia do original, mantendo porém o clima. Emma é a melhor entre eles e eu espero algumas cenas dramaticas (de novo, nada de ação, ação, ação)

4- O aprofundamento da relação do trio: pegação! Hee, not really. É só que, todo filme eles apresentam algum personagem novo e meio que esquecem de quem a história é realmente. Tipo, eles tem um brinquedo novo e ficam oh, shiny. Esqueçam isso, por favor, personagens novos são legais mas o que quero ver mesmo é a relação dos três, eles percebendo que um sem o outro não é lá grande coisa e que juntos eles são mais fortes. A grande arma de Harry é o amor, e o grande amor da história é o amor que esses amigos sentem um pelo outro.

5- Luna: essa eu nem preciso me preocupar, vcs já viram alguma entrevista com a atriz?Loony indeed.

6- Sem invenções: se eles resolverem dar mais destaque pra Gina ou pra Cho só porque o Harry dá uns pega nelas eles não vão ter entendido nada. Eu queria muito que eles mostrassem o dia dos namorados do inferno (interrompido por quem? Hermione Granger em pessoa, mas isso é meu lado shipper falando) mas duvido que dê tempo, porém, de alguma forma, devem mostrar que Harry/Cho, is over.

7- Que seja lindo: lembra o terceiro filme? Lembra da fotografia, cenário, luz, figurino, ritmo, direção, angulos, trilha sonora (a do quarto foi melhor), simbolismos e referencias a outros filmes? Então, aprendam.

8- Desconforto: sabe uma das coisas que mais me perturbam no filme? O quanto o uniforme dos prisioneiros de azkaban lembra os das vítimas do holocausto. E quem colocou eles lá, Voldemort? Não, teoricamente a galera do bem. Quero ser lembrada que no máximo as pessoas são cinza, nada de maniqueismo, por mais que isso seja dolorido.

9- Tratamento único: esqueçam o que vem pela frente, essa é a história do quinto livro e quanto menos o sexto livro for lembrado, melhor.

10- Isso é um filme!: Eles tinham aprendido essa lição no terceiro, no quarto deram uma vacilada, mas acho que nada tão grave. Eu estou ali pra ver um filme, não pra lerem o quinto livro pra mim. Usem o cinema pra contar uma história de cinema e nunca se esqueçam disso.

11- Que seja longo: maior livro, tem que ser o maior filme.

Quanto ao sétimo livro:

1- Que um do trio morra. Sem isso vai ficar sem graça, eu quero um sacrificio final, pombas. E que não seja o Harry pois seria muito previsivel (e que não seja a Hermione por que eu amo ela).

2- O Snape não é totalmente do mal. Se ele for, o sexto livro foi ainda pior do que eu pensei.

3- Velhos personagens de volta e que eles sejam bem utilizados. Mais Luna, please!!!

4- Uma puta batalha, sabe, cinco ou seis capitulos só de campo de batalha. Muitas mortes, algumas que sejam capaz da gente sentir.

5- Que seja bem escrito, nada da merda que o sexto livro foi. Se eu quisesse ler fanfic ruim eu iria ler fanfic ruim, e não pagaria nada.

6- Que alguém explique o que diabos aconteceu com a Hermione no sexto livro. E que ela volte ao normal.

7- Eu, particularmente prefiro um final trágico. Mas aceito um fundo de esperança. Que o livro seja grande pacas. E paro por aqui porque sete é meu número de sorte e devemos cruzar os dedos e esperar pelo melhor.


e vcs, o que acham que deveria acontecer?

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Momento geek

Alguém aí sabe como colocar google videos embed?

http://video.google.com/videoplay?docid=3081845068998899838&hl=en


"She is a genius", That´s all I´m saying...

E a guria que faz a Luna é o máximo, é muito a Luna. Ela até entrevista com aquela vozinha de louca.

"Embrace that wonderful relantionship he has with Ron and Hermione" yeah, baby! OT3!

"Get behind me" Oh, why, Daniel, when you put it that nicely.



inhá, não vou ver na estréia, to triste.

eu não sou uma pessoa muito inteligente quando eu submergo demais em harry potter.

domingo, 1 de julho de 2007

Fuck is the best word ever!

Então, eu nunca fiz essas brincadeirinhas de blog, mas essa eu achei interessante. Eles pegam frases de filme e tiram uma palavra, ae a palavra que vc escolher aparece e vc ve se funciona ou não:


Fuck, for lack of a better word, is good.

Which movie was this quote from?

http://thesurrealist.co.uk/movie.php" method="get">Get your own quotes: