terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"I´m the Luckiest girl in the world. I´m the most tired girl in the world"

Então, depois de quase uma semana sem, finalmente me apoderei de um pc. E é claro que eu vou falar do show da Madonna. Gente, eu esperava grandes coisas mais minha expectativa foi por muito superada. O som, mesmo na arquibancada, bem longe, que eu tava, era perfeito, dava pra ouvir tudo, como se você tivesse embaixo da caixa de som. Nunca ouvi uma qualidade dessas e duvido que algum dia irei ouvir igual. E as projeções, não só nos telões, mas no meio ou na ponta do palco, era, na melhor alegoria que eu consigo imaginar, como ver um filme acontecendo na sua frente, com todos os efeitos e a trilha sonora ali, na hora. E sim, no final de tudo vc imagina se essa mulher é humana ou o que. A teoria da minha mãe é que ela tem um clone diferente pra cada show e que eles são descartaveis, já que eles quebram depois de duas horas. Eu não duvido muito não.

Melhores e piores momentos:

Momento mais lindo: Like a Prayer cantado (esgoelado) de cor e salteado por mim e pela platéia toda. A música já é linda, mas ouvir 60 mil pessoas cantando em unissono é demais pra qualquer um.

Pior momento: Sem dúvida a espera. Meu show foi o que teve atraso maior, 2h e 15m, e como tinha chovido tava bastante frio. Depois que começou, porém, foi impecável.

Pior música: Bom, tinha umas músicas do cd novo, que eu não tenho, que eu não conhecia, e isso costuma ser sem graça, mas nessas horas era que o espetáculo ficava mais impressionante e eu saí dali gostando de tudo. Mas em Borderline, uma das músicas do inicio da carreira dela mais bonitas, ela deu uma desafinada, porque a música é acima do tom dela. A música é pra soprano, ou talvez até sopranissimo, mas ela é mezo (eu acho). Mesmo assim foi um desses 'a platéia toda cantando junta", então não importou muito não.

Momento mais "A Madonna tem que ser um robô": Ela pulando corda. Tipo meu, pulando corda tipo power corda. Tipo duas cordas ao mesmo tempo, e rápido e tipo, nem com seis anos eu tinha pique pra pular assim, quem dirá aos 50, depois de metade de um show em que ela não pará quieta dois segundos. Um robô, eu digo.

Momento mais engraçado: A Madonna fingindo (ou sei lá) se masturbar com a guitarra. Foi tão... Madonna sabe, nem chegou a ser chocante, é o que se espera da Madonna. E isso me fez rir bastante. O sotaque britanico falso dela também é altamente hilário. Ow Madge, todo mundo sabe que você é de Detroid.

Momento interação com público: Ela cantando à capella Like a Virgin, junto com o público. Ela cantava uma frase, o público cantava outro, e óbvio todo mundo sabia a letra toda. Eu nem gosto tanto assim de Like a Virigin mas eu achei legal.

Momento "sim eu sou pimp, e dái": Ela andando naquela Mercedez, ou Rolls Royce, eu sei lá, não entendo de carro, no meio do palco. Primeiro momento em que eu fiquei completamente impactada com a estrutura do negócio.

Música desperdiçada: Então, você tem um bloco inteiro do show que é sobre pular corda e você não toca Jump? Tudo bem que tocou as primeiras notas, mas mesmo assim, oportunidade perdida. Tsc, tsc.

Momento mais brega: Até certo hora foi a imagem do Obama no final do vídeo de Get Stupid, mas aí... Então, momento banquinho e violão, que o show se livra de toda parafernália e fica só ela lá na frente. A música é You Must Love Me, a música mais bonita de Evita e que fala muito sobre como deve ser, ser Eva Perón, ou a Madonna. Nessa hora o telão mostra a galera da área Vip morrendo de chorar e mostrando cartazes com dizeres tipo "Yes, I love you" e "Madonna I heart U". Tudo muito bonito, e básico, e realmente a música é emocionante, até eu tava com um nó na garganta. Até que, antes da ultima frase da música, ela para de tocar, olha pro publico, olha pra baixo, e "enxuga duas lágrimas". Eu virei pra minha mãe e ri desesperadamente.

Melhor música: Empate, entre, como eu já falei, Like a Prayer, e Hung Up. Duas músicas completamente diferentes e extremamente perfeitas. Só faltou Don´t Tell Me, que é a minha favorita.

Melhor "participação especial": Todo mundo sabe que ela canta 4 minutes, single do ultimo disco, com o Justin, mas como ia fazer ela sozinha. Ia cantar a música sozinha ou o quais? No esquema que tava sendo até aquele momento eu achei que ia só aparecer a imagem dele no telão. Mas aí começa a tocar aquela introdução, e DO MEIO DO PALCO, sobem quatro telas finissimas e o Justin surge, EM TAMANHO REAL, e não só canta, como DANÇA. Do Caralho!

Pior "participação especial": Por algum razão a Britney Spears aparece no telão enquanto toca Human Nature. Ela nem canta nem nada.

Melhor momento altamente antecipado durante o show: Hung Up foi o tema do show. Aquele tic-tac, tic-tac, tic-tac, permeiou o show inteiro. Mas só tocou a música mais no final, quando você já tava totalmente pumped pra ela. E foi perfeito.

Pior momento altamente antecipado durante o show: Music era outra que eu achava que ia arrasar, mas na hora que começou o microfone dela falhou e ficou tudo meio sem energia. A platéia nem cantou junto o refrão, o que eu esperava muito.

Momento mais bizarro: Então começa a tocar She´s not Me, uma música que eu não conhecia que fala, basicamente sobre seu marido querer ficar com uma mulher que se parece com você, mas não é você. Nisso começa a aparecer imagens de todas as fases da Madonna, de noiva cantando Like a Virgin até de vaqueira em Don´t tell me, passando por todas as permutações. Aí na ponta do palco que adentra a area VIP aparecem quatro Drag Queens, cada uma representando uma Madonna. Uma tava Madonna no principio, de renda, colares e luvas. Outra com o vestido cor-de-rosa Marylin Monroe que ela usa no video de Material Girl. Outra com uma roupa de Vogue, e outra com visual de The Girlie Show. Até aí tudo bem. Mas então a Madonna chega perto e começa a tirar uns pedaços da roupa de cada uma das Drags de maneira muito maniaca e começa a ficar estranho. Aí ela pega uma Drag e dá um puta de um beijo e eu comecei a ficar "hum, isso é meio doido". No final da música ela expulsa as Drags do palco, fica de quatro e começa a por na cabeça, uma a uma, as perucas que elas tavam usando, uma empilhada na outra. E depois volta pro palco principal se arrastando de quatro. Eu fiquei preocupada pela sanidade da mulher.

Momento mais "a Tereza é estranha": Sim, eu gosto de Die another Day, e sim, eu gostei da música no show.

Enfim, por alto, foi isso que me chamou mais a atenção, e o fato que ela carrega o show sozinha, e você realmente entra no mundo Madonna. Essa historia eu vou contar pros meus filhos e netos.

sábado, 29 de novembro de 2008

I dare you (because I can)

Se equilibrava no meio-fio como se fosse uma bailarina, na ponta dos pés. Encostou a sola do tênis na água, testando a tensão superficial. Sentia um empurrão para cima, a gravidade novamente desafiada. Era tão engraçado, estar ali, completamente vestido, calça jeans, camiseta, casaco de moletom com capuz, e quase caindo dentro da água. Abriu os braços e se sentiu como Cristo, mas melhor, porque não devia ser agradável ter pregos na palma da mão. Ou no pulso. Se bem que, sendo Jesus quem era, não se surpreenderia que tivesse sido nas mãos mesmo. Ele estava apenas esperando, afinal.
Gravidade, tensão superficial, equilíbrio. Coisas que não compreendia e não acreditava na verdade. Preferia ter uma existência mágica, era defensor do destino, de vampiros, Shakespeare, Superman e da música. Era defensor do amor.
Enfiava as mãos no bolso do casaco e descia, pela parte molhada, fazendo um barulho de chapinhar enquanto caminhava.
Andar pela água não era tão difícil assim.

sábado, 8 de novembro de 2008

Acertou Blair Waldorf mas errou Chloe Sullivan

YEI, AWESOME!: http://www.devinettor.com/aki_en/#

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Masoquismo

Sabe que hoje eu notei que quando eu quero falar que uma coisa é extremamente bela, ou extremamente boa, ou extremamente completa, eu falo que ela é de doer.
Freud explica

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Post em construção (These are a few of my favorite things)

As melhores coisas já inventadas (em nenhuma ordem particular)

Cachorro
Sorvete de Menta com chocolate
Cavalo
Máquina de lavar roupa (pela praticidade e entretenimento)
Panela com teflon
Veronica Mars
Edredon
Camisas de flanela
Mulder & Scully
Coca-Cola (dãr)
Camisetas de algodão passadas
Pastilhas Garoto de Hortelã
Neil Gaiman
Chocolate Duo da Nestlé
Dame Julie Andrews (A mais Lady)
Peter Pan
O álbum Branco dos Beatles
Outback
Dallas
Blair Waldorf
Batatas de Salsa e Cebola da Visconti
Fones de ouvido
Inclusive, Rock n´Roll
Ficção Cientifica
Chicabon
Carmen Miranda
A trilha sonora de Juno
Filmes do Tim Burton
Barney Stintson
Realismo Fantástico
Orgulho e Preconceito (Mr Fitzwilliam Darcy)
Blogs
Unplugged Nirvana


(esse post deve continuar ad infinitum, sempre que eu lembrar de alguma coisa vou tentar colocar aqui, mas por hoje é só, pessoal)





terça-feira, 7 de outubro de 2008

21, and still AWESOME

Parabéns para mim! Agora eu já posso ir pra Las Vegas e aproveitar. Depois eu faço alguma coisa mais inspirada. Rockstar, fala aí!

E abaixo a música mais legal dos últimos tempos (hahahahaha):


domingo, 5 de outubro de 2008

Black Hole

Hoje eu chorei assistindo Lilo e Stitch. Mas assim, sabe, de soluço. E depois eu chorei assistindo The Office (série que eu nem sigo, assisti um ep aleatorio no FX) . Aí eu liguei pra minha mãe e chorei mais um pouco, quando ela disse que a gente vai passar as férias na praia. Eu vi a chuva caindo e chorei mais. A verdade é que a minha saudade de casa tá tão imensa que parece que eu vou quebrar, e só a ideia que eu vou passar o dia do meu aniversario aqui me deprime. Eu só, to sem animo pra nada, e quando não é isso eu tenho crises de ansiedade estranhas. Fazia muito tempo que eu não ressentia Rio Claro como eu to agora e isso não é saudavel, mas a verdade é que não posso ficar tanto tempo seguido aqui.
E tipo, eu sei que isso tá parecendo diário (ewwww!) e que ninguem tem nada a ver com isso, mas sei lá, eu sempre fico com vontade de escrever quando fico triste.

domingo, 28 de setembro de 2008

Cheiro de borracha queimada.

O calor da cidade parecia que fazia derreter. Como aquelas balas de caramelo, quando ficam muito tempo no sol. Pronto, o calor fazia as pessoas virarem caramelo.
Encostou o braço na porta de metal pra ver se esfriava. Seu suor melado fez um som úmido com o contato. Tinha muita vontade de tomar um Gatorade agora.
Quando viu aquele moço de bicicleta sentiu pena e inveja. Toda a atividade física devia ser suspensa, na sua opinião, mas pelo menos o movimento trazia um ilusório vento.
Tentou fazer um leque improvisado com as mãos, mas isso só o cansou. Queria quase desistir de existir, e o fato é que parecia incrivelmente dificil pensar agora, lento e doloroso.
Se esticou ao máximo no chão gelado e não conseguia se decidir se devia virar a cabeça pra direita ou esquerda. Qual bochecha sentiria mais calor. Por alguma razão isso parecia de extrema importancia no momento.
Seus olhos começaram a ficar pesados e alguma coisa no seu cérebro começou formigou e ele pensou que seria uma má idéia dormir agora. Não conseguia se lembrar porque.
Ah sim! Aquilo!
Tarde demais, amanhã a gente conversa.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Judy, Carmem e Madge

"When you know the notes to sing
you can sing most anything "
Julie Andrews

Ás vezes perguntam porque ela faz. Por que se exaurir, com três, quatro shows por noite. Ela já não é tão nova e não consegue fazer tudo sozinha.
Drogas para dormir, drogas para ficar acordada, drogas para emagrecer,drogas pra se distrair, drogas para continuar vivendo.
Ela diria que é pra pagar as contas. Ela nasceu fazendo isso, é só isso que sabe fazer e ser arrimo de família é um hábito difícil de se perder. Porque quando você pensa que vai conseguir descansar por cinco minutos, quando você pensa que as coisas vão poder sair do seu controle e tudo vai ficar bem, é quando acontece.
Entrevistas, reportagens, livros. Irmão, mãe, sua própria filha.Ela é difícil, é ingrata, é louca. Eles nunca reclamam enquanto ela está trabalhando.
E se eles pedem perdão ela aceita, porque família é lar, e não há lugar como nosso lar. Isso é o que ela diz, pelo menos. O sangue é mais grosso.
Aqui, atrás da cortina, ouvindo o murmúrio, ou o grito, do público é que faz valer a pena. O tecido vermelho escuro é a única coisa que a separa do seu extâse.
O Paraíso é na Terra e se chama palco. E ela se pergunta como alguém sobrevive sem isso. Porque não existe substância ilícita melhor que a adrenalina da antecipação e não há maneira de ficar mais próximo de alguém do que quando você canta pra uma pessoa e somente pra ela.
E é por isso que seu ato é longo. Porque cada um ali tem uma música que é dele e ela tem que cantar pra todos. Porque é isso que ela faz melhor e ela é a melhor no que faz.
E não é preciso sapatinhos de rubi, balangãdas ou crucifixos. Ela já está em casa.

sábado, 19 de julho de 2008

Why so serious?

Então eu assisti Dark Knight e achei que foi um bom filme policial sobre o Harvey Dent que por acaso tinha o Batman e o Coringa no meio. E eu devo ser secretamente uma psicopata porque o meu personagem favorito foi de longe o Coringa e eu ria de tudo que ele falava ou fazia. Eu só queria dar um abraço nele. Fiquei toda decepcionada quando a policial latina era a traidora porque eu passei o filme todo achando que ela era Renne Montoya e na minha cabeça Renne Montoya=Questão, e eu tava louca pra ver o Questão no meio da historia, deixar o filme um pouco mais Noir. E eu estou convencida que esse Batman precisa do Robin, o Dick é claro, não o Tim, ele precisa de uma família desesperadamente, alguém, além do Alfred, que acredite nele sem nenhuma reserva. O próximo filme tem que ter a Mulher-Gato, uma vilã mais leve, que o Batman não se sinta todo culpado por não matar. Eu queria ver o Superman encontrando esse Batman, ia ser o mais engraçado, o Clark lá, não mas vc tem que agir dentro da lei e o Bruce mandando ele se fuder.

terça-feira, 1 de julho de 2008

assim

E é tipo como se eles tivessem dançando uma valsa, talvez seja isso mesmo. Mas essa nem é minha parte favorita. O legal é quando ele pega a mão dela e dois saem correndo pelo mundo, selvagens e jovens. E também quando ela ri, do outro lado da rua, e ele percebe que é pra ele.
-O nosso amor é tipo assim, épico.
-Okay, Logan.
-Quem?
Ele pisa nos pés dela e ela tem que conduzir. Será um tango? Ele grita com entusiasmo e ás vezes ela manda ele calar. Ás vezes ela grita junto. E essa é minha parte favorita.
Ela fica muito quieta e ele fica quieto também, por três segundos que seja, e pergunta o que está acontecendo e ela só olha e ele entende. E essa é a minha parte favorita.
-É tipo assim, daqueles que te fazem querer voar.
-E uma rosa por outro nome ainda terá o mesmo perfume?
-Bebeu?
E quem diria que era tão fácil aprender um paso doble. Pelo menos é isso que parece. Impressionante é quando ela não sabe, e ele tem que contar, mas é claro que ela não acredita, e é claro que no fim ele que está certo. E essa é minha parte mais preferida.
Mas sabe quando eles nem se impressionam mais um com o outro? Quando o fato dele ser fantástico, e dela ser fantástica, é natural? Essa é minha parte favorita.
E lembram quando eles se lembram que eles são fantásticos, e que nem todo mundo é assim? Essa é minha parte favorita.
Não, sinto muito, mas eles se recusam a dançar isso que eles chamam de salsa. Uma pouca vergonha, isso sim. Eles tem classe, afinal. E essa, bom, essa é minha coisa favorita.
E quando eles caem no tempo e espaço e brincam que são melhores amigos. Essa é minha parte predileta.
As vezes é tudo tão intenso e rápido que eles esquecem que se gostam e viram quase que inimigos. Os mais formidáveis dos inimigos, porque eles se conhecem tão bem. E essa é minha parte favorita.
E quando ele esquece de reparar nos sapatos dela. E quando ela amarra o nó da gravata dele. E quando os dois aparecem com um corte de cabelo novo e meio que se ressentem por isso, porque cara, eu queria muito que você ficasse focado no meu cabelo. Eu acho que essa é parte favorita do mundo inteiro.
Quando ela não para de falar. E ele perde a eloquência. Ela anda com o braço entrelaçado no dele, pra não perde-lo.
O final do giro que eles fizeram direito. Talvez tenha sido um bolero o tempo inteiro.
-Intrepído. Como Lois Lane e Superman.
Ela acha graça, porque ele não assiste muita tv.
-Por favor, é o século 21, como Clark e Chloe, pelo menos.
E essa é minha parte favorita.


domingo, 29 de junho de 2008

Momento Geek 4

Ah, fiquei com vontade de escrever alguma coisa, embora não tenha pensado muito sobre o que...
então o que vcs acham de picspam? Quem frequenta livejournal sabe do que eu to falando, um bando de fotos sobre algo tematicamente coerente. Pra mim, h
um, coisas que eu ando assistindo/lendo/sendo obcecada por ou só passando o tempo entre uma prova de fim de semestre e outra.

Ou seja: Como eu sou geek ao cubo.

Peter Pan Escarlate: Guh, porque eu fico lendo essas coisas que eu sei que vão me fazer sofrer. A continuação oficial de Peter Pan e Wendy, é bem escrito e tem uma historia bacana, se bem que é muito mais uma continuação do mito do que do livro. E é triste, e sobre o Capitão Gancho, e triste. E muito mais simpático aos adultos do que o original. A bola da vez (pra ser zombados), são os adolescentes.








Indiana Jones e a Caveira de Cristal (ou algo assim): AWESOME! That is all.



Agente 86: Desde que eu assisti O virgem de 40 anos e amei, eu ando obcecada pelo Steve Carrel. Sou só eu ou ele é uma gracinha, daquele jeito narigudo que ele tem? Então eu fui assistir Agente 86. E não odiei! Tipo, é uma parodia, e tão não meu tipo de humor, mas é bem feito e tem umas piadas bem engraçadas e cenas de ação que não fizeram eu querer me matar, o que é um avanço com a maioria das cenas de ação hoje em dia. E ele tem uma química bem interessante com a Anne Hathaway. Bonitinho na sua maneira sessão da tarde de ser, se bem que o final poderia ser menos clichê.


Doctor Who: Aqui que eu mostro a que vim. Série de ficção cientifica, britânica, sobre um alienigena regenerativo, que viaja pelo tempo e espaço numa cabine telefonica azul, combatendo, na maioria das vezes, ameaças de outros alienigenas sobre a Terra. E as primeiras temporadas são dos anos 70. Sim, antes de Star W
ars, e tals. Sim, eu acho que alcancei o limite máximo da minha geekietude. Mas pra ser justa eu não ando assistindo desde lá o principio, a coisa old school não, eu assisto a nova série, que começou em 2005, e dá continuidade a série antiga embora seja completamente diferente da original, ou pelo menos foi o que me disseram. Com alguns efeitos especiais tosquissimos e algumas historias piores ainda, Doctor Who, era pra ser light, uma série pra crianças. Mas só era, porque, de novo, atuação do caralho e um doctor que se tornou recentemente o único da sua espécie é de partir o coração. E tem a Rose, a companhia humana dele, que é do caralho e engraçada e salva o mundo algumas vezes. Agora eu to meio pra baixo, porque o nono doctor regenerou e virou o Barto Crouch Jr e as coisas simplesmente não são as mesmas, mas eu tenho esperança. Ah, e já estou viciada.














(Barto Crouch Jr, ou, o décimo doctor)
(nono doctor e a rose)

Barney Stintson: How I Met your Mother é o melhor sitcom já feito desde de Friends. No momento eu estou muito inclinada dizer que na verda
de How I Met your Mother é um Friends porém melhor, mas como Friends teve dez temporadas e HIMYM ainda está na terceira eu vou dar um passe. As tres primeiras temporadas de Friends são bem do caralho, se um pouco antiquadas, do ponto de vista atual. Baseando-se fortemente em continuidade e flashbacks, Mother é a sitcom feita pra quem é fã de LOST (mas é melhor que Lost, viu, Lost cansa). Mas, não seria nada se não o brilhantismo de Barney ou do Neil Patrick Harris. Mulherengo, dork, sempre pronto pra um high-five ou uma true story, ainda assim carente ao extremo, e o mais leal dos amigos. Ele é o bro que vc sempre quis pra zoar ou pra dar uns pega (meu, a Robin é esperta). Uma atuação brilhante, um charme inconfudivel e uma série len... wait for it... dária. SUIT UP.
Blair e Chuck: Gossip Girl é AWESOME! Pronto falei, e nem é awesome no sentido de que é tão ruim que é bom, é simplesmente fantasticamente fantastico. É bem escrito, bem bolado, com a melhor trilha sonora não incidental de séries atualmente, bonito, com personagens, na grande maioria das vezes, interessantes, com atores, na grande maioria das vezes (isso não incluiu voce, Chace Crawford), muito bons. Fazer um drama adolescente, que é um drama adolescente, ou seja, que depende apenas da interação entre os personagens principais, ser tão envolvente é uma tarefa e tanto. E Gossip Girl é sem dúvida o melhor do genero. The OC é brincadeira de criança perto de GG. E porque? Principalmente por causa desses dois aí embaixo. Puta personagens do caralho com puta atores do caralho pra interpreta-los. Esses dois são os seres mais reais de GG, embora por muitas vezes eles pareçam ser os mais cartunescos, mas sabe, é isso que as pessoas fazem, elas poem uma fachada e só de vez em quando deixam aparecer o que tem por baixo. E o que tem por baixo de Blair e Chuck? Camadas. Eles são fraking cebolas. E eu nem sou tão shipper assim, gosto dos dois separados tanto quanto juntos.
E além disso eles são as duas criaturas mais atraentes em GG (sim, por alguma razão estranha que eu não posso explicar, agora eu acho Chuck bonito... Go figures).


sábado, 14 de junho de 2008

É pra você

EU GANHEI UM COPO OFICIAL DA COCA-COLA/OLÍMPIADA DE PEQUIM (francamente, em Portugues, é Pequim, não Beinjing, e nem pensem em mudar, como fizeram com Bombaim/Mumbai, agora não faz mais sentido chamar de Bollywood)!!!!
E sim, eu tive que quebrar um jejum que durava mais de dois anos (mais de tres) e comer um sanduiche do McDonalds. MAS VALEU A PENA!!!!!!!!!!!!!! PORQUE ELE É ROXO E É LINDO E É MEU AGORA!!!! E daqui a vinte anos ele vai valer uns trezentos doláres. Então, eu to bem. Inclusive, algo que eu desconfiava e agora confirmei, sanduiches do McDonalds são tipo a coisa menos apetitosa que já inventaram.

Eu assisti Fim dos Tempos e quase que odiei. Se não fossem algumas cenas fodásticas e alguns personagens interessantes ele teria sido intragavel. Isso porque eu sou tipo a maior entusiasta do Shyamalan que existe, e ainda acho que A Vila é o filme mais subestimado de todos os tempos. Eu culpo o Mark Whalberg, que é um péssimo ator. Alguém mais carismatico teria levado o filme melhor.
Mas anyway, a melhor parte foi que passou o trailer de Arquivo X e eu tive um ataque geek histerico de proporções só dantes vistas em relação a Harry Potter pré-livro seis. Mulder e Scully, I missed you so.


Por fim, uma das minhas propagandas que eu mais gosto. Embora não barre a do beijo do Mercado Livre:


domingo, 8 de junho de 2008

Degraus do Metropolitan

E ela se encontra mais uma vez numa dessas festinhas no Greenwich Village, dez anos depois do Greenwich Village deixar de ser um point legal.
Mas não tem importância , porque ela está usando seus óculos geek chick que fazem todo mundo se apaixonar por ela, e bebendo uma cerveja importada da Alemanha de graça.
Aquele menino bonitinho britânico continua olhando pra ela e a verdade é que ele é muito bonitinho e ela já bebeu um pouco demais , e ele tem dezessete. Ela se pergunta se já não está velha demais pra meninos de dezessete anos, mas ele se aproxima e seu sorriso faz seu rosto ficar cheio de covinhas e ela já não liga.
Cata uma garrafa de um whiskey meio caro e os dois sobem pro telhado.
Eles começam a conversar e ela percebe que ele não é dos mais brilhantes, apesar do sotaque e isso a desanima um pouco. Pensa com seus botões desde quando ela se importa se alguém é esperto se for atraente o suficiente?
Pensa que há cinco anos teria sido diferente, mas é mentira. Ela tinha sido uma dessas pretensiosas que sempre preferiu uma boa conversa à um rosto perfeito. Como se algum adolescente tivesse uma conversa decente.
Na verdade com o passar dos anos ficou mais flexível com a questão do Q.I. Hoje já deve ter bebido demais.
E ele conta como o pai do melhor amigo dele morreu e ele viu o corpo quando os paramédicos chegaram e disseram que nada podia ser feito. Ele começa a chorar e ela pensa que há cinco anos atrás ela teria sentido compaixão e até poria uma mão nas costas dele em solidariedade.
Agora ela só pensa que essa deve ser a primeira vez que ele bebe de verdade e é daí que as lágrimas vêm. E ele chorando é uma coisa bela, as lágrimas manchando a pele branca-transparente, como se fosse alérgico a água.
Ela tem vontade de soca-lo, só pra acabar com essa perfeição. Avisar que a vida é assim mesmo, que é um corpo que os paramédicos não podem salvar por dia, e que é melhor ele se acostumar.
Ela se pergunta quando ela ficou tão mórbida e pensa que há cinco anos atrás era diferente. Mas é mentira, porque com dezessete anos ela era mais mórbida que nunca, porque nem tinha começado a viver. Nunca tinha saído do Brasil, nunca tinha visto a primavera em Paris, ou andado na chuva Londrina, ou dormido ao relento numa pradaria espanhola. Principalmente nunca tinha ido a Nova York, nunca tinha descoberto que o Greenwich Village era não-legal-porém-legal, ou feito refêrencias de musicais da Broadway consigo mesma.
E ela morre de inveja dele, porque ele pode ser não tão brilhante, mas ele já está longe de casa, e bebendo whiskeys caros com uma mulher cinco anos mais velha e ele é lindo e intocado e tão jovem.
Ele pára de chorar e oferece um cigarro e ela pensa quando foi que fumar cigarros ficou cool de novo e se acha velha.
Ela se levanta para ir embora e nem pensa em beija-lo, mas ele toca seu pulso com gentileza e ela pára.
Ele anota um telefone e um endereço num cartão que tinha no bolso e diz que se um dia ela passar por Londres é pra procurá-lo.
Ele sorri aberto e olha com uma admiração tão pura que ela acaba chegando a conclusão que talvez não ter mais dezessete não seja tão ruim assim.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dando uma de Dante

Joguinho! Construa seu inferno pessoal!

nate archibald
Circle I Limbo

Scientologists, Republicans
Circle II Whirling in a Dark & Stormy Wind

Militant Vegans
Circle III Mud, Rain, Cold, Hail & Snow

jack sheperd
Circle IV Rolling Weights

George Bush
Circle V Stuck in Mud, Mangled

River Styx

Creationists, The Pope
Circle VI Buried for Eternity

River Phlegyas

is
Circle VII Burning Sands

ron weasley
Circle IIX Immersed in Excrement

lana lang
Circle IX Frozen in Ice

Design your own hell


segunda-feira, 26 de maio de 2008

Modern girls always get their way (hell yeah!)

"Lear. Personagem do Shakespeare. Ao contrário das crenças populares, o cara precisa de frustração e traição. Se não você não tem permanência. Não consegue fazer um papel principal durante cinco atos inteiros. Não consegue fazer duas montagens num dia só. Não consegue fazer um personagem arquear assim do Ponto A até o Ponto G. Não consegue atravessar o clímax, criar uma linha dramática convincente... e tal. Cê tá sacando? A pessoa tem que se ferrar. Tem que apanhar um pouco da vida, rodar por aí. Assim tem uma ferramenta pra usar, saca? Dói pra cacete. Beleza. Chateia. Você não sabe se tá numa de continuar nessa. Mas isso abre caminho pro que chamam normalmente de res -so-nân-cia emotiva. Uma ressonância emotiva impossibilita o povo de tirar os olhos de você, quando você tá no palco. Já se virou num filme bom e viu as caras? Bem intensas."

Parafraseado de Tópicos Especiais em Física das Calamidades, por Marisha Pessl, e possivelmente a razão de porque eu sou tão masoquista, mesmo quando não há uma razão boa o suficiente para sofrer.

"Haven´t you heard? I´m the crazy bitch around here."
Blair Waldorf, Queen (B) of the entire Universe (e uma das muitas razões de pq minha semana passada foi mais que divertida)
(o melhor do mundo é a cara de terror absoluto da Georgina. Queen B, you rock!)

http://goddesspharo.livejournal.com/95901.html#cutid1 (bem melhor do que muitas coisas que se lê por aí)


E por fim, vamos celebrar o amor imortal entre Glinda e Elphaba (a finalidade desse post é demonstrar minha vida, ahem, cultural, nessas últimas duas semanas, enjoy):

terça-feira, 20 de maio de 2008

Eu me tornei a morte. Eu sou a destruidora do mundo

Eu sou uma pessoa sensível. Eu choro vendo filmes, lendo livros, ouvindo músicas e eu fico toda quente por dentro quando me contam histórias de amor, de amizade e de famílias fantásticas.
Eu também sou realista, eu consigo me afastar quando eu paro pra pensar sobre guerras e revoluções e outros momentos históricos. Quer dizer, eu consigo, sem grande esforço ver que a tentativa nazista e Hitler tinham lógica, quando pensado de uma maneira nacionalista, e Getúlio Vargas é pra mim um dos estadistas mais brilhantes que o país já teve. Isso não quer dizer que eu seja nazista ou getulista, e não quer dizer que eu não veja todos os grandes erros morais que envolvem esses tipos de histórias. Mas a verdade é que foram riscos tomados com certas intenções, que tinham um propósito bem definido por trás. Certos sacrifícios devem ser feitos para certos resultados serem apresentados. Essa é a história humana desde o princípio, com exemplos como a inquisição, a escravatura de hebreus por egípcios e toda aquela bagunça que eram as civilizações americanas pré-colombianas.
Eu não concordo, mas eu entendo.
Então quando eu decidi escrever alguma coisa sobre os cientistas que construíram a bomba atômica, um textinho desses meus, eu pensei que eu não teria problemas. Eu consigo racionalizar sobre essas coisas, certo? Eu consigo me distanciar emocionalmente o suficiente, não?
Mas o negocio é, eu não consigo. A frase do titulo é supostamente do Oppenheimer, depois que ele viu os primeiros testes da bomba atômica em Los Alamos, e foi ela que me deu inspiração, porque eu achei devastadoramente apropriada.
Meu plano era o seguinte, dar uma estudada no assunto, descobrir quem eram os caras mais importantes do projeto e depois passar uns dias remoendo tudo pra ver se saia alguma coisa
legal e quem sabe relevante.
Mas não rola, eu fui ver um documento intitulado Atomic Bomb Timeline e o primeiro nome é Issac Newton. Só nisso algum sinal de alerta começou a soar no meu corpo. Newton? Sério? Faz sentido, mas ver o nome dele misturado no negócio foi chocante. Algumas linhas pra baixo e vem Einsten, e sim, eu sabia que o Einstein estava envolvido, mas ali o que é citado é a gloriosa e genial teoria da relatividade e parece que meu chão desaparece. Continuo lendo uma ou outra coisa mas eu tenho que parar porque eu estou fisicamente passando mal.
Foda-se a imparcialidade. Eu não perdoo, havia escolha e nada justifica uma arma dessa, uma chacina dessa. Eu acredito que por mais feia que seja, a guerra pode ser gloriosa, mas não nesses termos, não dessa forma tão covarde.
Eu teria enlouquecido se estivesse envolvida, eu teria enlouquecido se fosse a garçonete que servia café no diner em que eles almoçavam. Como eles sobreviveram tendo martelado os rebites da bomba é inexplicável pra mim. Alguém deveria ter parado, alguém deveria ter tido bom senso e sabotado o negócio todo, tantas coisas difíceis são necessárias que facilmente alguma deveria ter errado. E não deu, por duas vezes não deu. E eu não perdoo.
Alguma coisa dentro de mim quebrou. Pra sempre. A humanidade é feia e eu questiono a validade dela no mundo. Eu costumava achar que a gente era humano pra experimentar todos os sentimentos com nuances que a outros seres não são permitidos. Amar, e brigar também. Ler livros e ver filmes e pintar quadros, essas deveriam ser as maiores realizações que alguém poderia aspirar, porque isso que é único na nossa espécie. Não matar quem vier pela frente porque sim, isso qualquer coisa é capaz de fazer. Isso é ser irracional.
Eu não sou pacifista, eu acredito que você deve por a defesa de seu grupo acima de tudo, mas não ás custas de tudo.
Mas é como o colega do Oppenheimer sussurrou no seu ouvido aquele dia, agora somos todos filhos da puta.

domingo, 18 de maio de 2008

A única maneira de manter um segredo

Ele te olha zombeteiro e é realmente irritante porque ninguém deveria poder ter esse olhar a não ser você, mas ele o utiliza com maestria e não importa o porque, mas te impressiona.
Você empurra os óculos da ponta do nariz, pressiona o fim da caneta e vai embora.


Alguma coisa a irritou. Provavelmente você. Isso é bom. Quer dizer que ela reconhece que você também está jogando. O que não é tão bom é que ela começa a escrever naquele maldito caderninho vermelho.
Ela sempre faz isso quando algo/alguém atrapalha sua visão, ele já notou. Que ele saiba ninguém leu o que está escrito. O que ele não daria pra ver uma página sequer...


Uma vez ele perguntou:
"E o que é isso? Um diário?"
"Eu pareço o tipo de garota que teria um diário?"
"Acho que não conheço nenhuma garota que escreve em diário, pra ser sincero. Então vai saber."
"Eu não sou esse tipo de garota."
Ele acreditou nela. Na época não se conheciam tão bem. Ele não sabia que 80% das vezes ela só estava esperando você virar as costas pra dar uma risada.
"Então quer dizer que não tem nada escrito aí sobre mim?'
"Você se acha importante o suficiente pra ter algo escrito sobre?"
Ele riu. Ela estava falando sério.


Agora ele duvida muito que esteja escrevendo qualquer coisa que não fosse sobre ele.
Ela está usando um vestido, com um salto baixo, toda prática, e ele gosta. Mas isso é segredo.


Ela acha que ele a afeta mais do que ela afeta a ele. E isso a confunde, porque sabe, se o pós-feminismo provou alguma coisa é que os meninos sempre são os mais afetados.
Ás vezes eles não são nem amigos, mas na maior parte do tempo ele é o único que entende a piada, então como ela vai desistir disso?
Ela escreve por vaidade, como tantos, mas não mostra a ninguém, por orgulho. Escrutínio público não é seu modus operanti. Ela age na surdina.
Ás vezes ela quer mostrar pra ele tudo, ela acha que assim ele vai ficar realmente impressionado, que assim ela vai voltar a ter vantagem. Mas se não der certo ela vai estar arruinada, e isso tiraria a Terra de órbita ou algo.
Ela acha que isso deveria ser um segredo, mas desconfia que ele já sabe.
Uma onda de calor sobe pelo seus dedos do pé, como naquela vez que ele beijou seu pescoço. Bons tempos.


quarta-feira, 14 de maio de 2008

Só um parenteses sobre a minha vida

Eu odeio ficar gripada! Odeio, odeio, odeio. E não é nem aquelas gripes ultra-fortes que vc é forçada a ficar de cama, mas aquela que vc passa o dia inteiro tossindo e espirrando, mas sua cabeça ainda funciona e seu corpo, embora cansado, ainda colabora, então vc tem que ir pra aula. E sim, minha garganta irritou, eu fiquei semi-afonica e passei o dia inteiro, um dia relativamente quente inda por cima, de cachecol. E amanha eu nem vou poder sair... Finalmente uma balada que eu quero ir. Ódio!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Porque doe é feminino de dear (como se dear já não fosse feminino o bastante)

Então, eu ia fazer um awesome post de como A Noviça Rebelde é awesome, mas é claro que o embed do youtube não quer colaborar. *Suspiro* Será que se eu usase Firefox ajudava?
Anyways, entrem aí:http://www.youtube.com/watch?v=DToLbYBStgs&feature=related

domingo, 27 de abril de 2008

Na trincheira

Lama empapava calças escorregadias.
-Vai! Eu te dou cobertura.
Foi. E a leveza da mente naquele momento era imensurável. Sabe quando parece que seu corpo não pertence a você mesmo? Assim.
Nem ouvia mais os tiros ou sentia a chuva gelada. Escorregou no momento em que seria atingido. Sorte. A próxima bala atingiu o inimigo, seu espelho complementar.
Agarrou a placa de identificação metálica num gesto impensado. Não queria ser perder.
Continuou sua jornada, saltando sobre campos previamente floridos, gostava de margaridas. De um fôlego só, mergulhou no buraco da salvação. Olhou pra frente, cansado, e pôs-se a imaginar o resto do longo caminho, como seria possível voltar pra casa.
Se sentiu como Orfeu e teve que olhar pra trás. Encontrou olhos concentrados, uma arma em punho, ombros retesados.
Gritou:
-Vem! Eu te dou cobertura.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cinco minutos para o fim do mundo

-Olha pra mim.
É difícil, ela sabe que vai ouvir o que não quer, mas é uma ordem tão pura, honesta, preocupada e sem malícia que é impossível não obedecer.
-Você acha isso normal? Ela tá lá naquele hospital, sabe-se lá em que estado e você muda pra casa dele. Você não vai substituir ela, sabia?
-Não é nada disso. Ele, ele precisa de mim. Ele está sozinho agora, ele é meu melhor amigo, eu tenho medo do que possa acontecer se eu não estiver lá.
A pena que está incrustada em seus olhos dói mais do que qualquer reprimenda.
-Eu só não quero que ele te machuque.
-Ele nunca faria isso de propósito.
-Eu sei. É disso que eu tenho medo.
.
.
.
Ela fica no quarto de hóspedes, ao lado do dele. Dorme sem problemas até que ouve um barulho e quase tem um ataque do coração. Ele está lá, parado no meio do quarto, lágrimas descendo pelo rosto.
Ela estende a mão, chamando e ele deita do lado dela, seus dedos entrelaçados. A cabeça dele repousa sobre sua barriga.
-Eu tive um pesadelo.
-Shh, já acabou, eu estou aqui.
-Mas eu, eu não posso deixar...
-Vai ficar tudo bem. Eu prometo.
Ele aperta a mão dela mais forte e adormece.
Eles dormem sempre assim, aconchegados um no outro. Um dia os pesadelos acabam, nesse dia ele beija ela.
Ela tem medo que ele peça desculpas, mas ele não pede. Os dois dormem bem a noite inteira.
O que começa com um beijo casto, ascende, até o ponto em que a única coisa que os dois usam debaixo das cobertas é pele.
Então ele pára.
-Não, eles vão vir atrás de você.
Ela suspira frustrada.
-Você sabe que não importa, não é? A nossa relação já é mais próxima que a que vocês tinham, se eles me quisessem já teriam vindo.
Ele olha com tanta tristeza que ela quer abraça-lo. Mas ela vem fazendo isso o tempo todo e de nada adiantou. É hora de tough love.
-Sabe meus pesadelos, eles eram sobre você, sobre eles tirarem você de perto de mim. Eu não sobreviveria.
Ela sorri com dor.
-Claro que sobreviveria. Você sobrevive sem ela.
-Ela não é você. Você é mais.
Eles fazem amor o mais silenciosamente possível, como se tentassem impedir algum espírito da casa de acordar.
Ela vai ao hospital levando flores e olha dentro daqueles olhos vazios.
-Me desculpe, mas ele é meu agora. Ele sempre foi.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Reflexões de uma mente inconformada

Eu li isso outro dia num forúm, e achei tão acertado, e tão justamente o que eu penso mas que nunca consegui expressar (porque eu tenho raiva cara, e um coração partido) que eu na hora pensei que não poderia ficar sem postar aqui. Concorde ou não, pelo menos respeite:


"Eu entrei para o mundo de Harry Potter tarde demais. O trem já estava para lá de acabando e porque não dizer acabado! O livro 6 já tinha sido publicado e a meleca toda já tinha sido feita! No entanto, mesmo acreditando e querendo e compreendendo os livros por uma ótica pouco aceita, eu entrei de cabeça no fandom e tentei expor meu ponto de vista!


No entanto, o meu ponto de vista sempre foi algo muito além do que uma simples disputa de shippers. O que eu realmente queria mostrar era a oscilação constituinte da compreensão/interpretação/situação. Eu queria que as pessoas entendessem que ler um livro é algo muito mais rico do que tentar entrever ali apenas UMA lei ou UMA compreensão/interpretação/situação. Eu queria que elas vissem que um livro só existe na relação leitor-livro e que o autor perde o domínio do seu livro assim que ele entra em contato com um outro leitor que não ele mesmo! O livro está sempre disposto na estante da sua casa ou da livraria ou da biblioteca, mas o que o torna LIVRO é a relação com o leitor. E desta relação, tudo pode surgir. Afinal, quando se lê um livro, se traz para a leitura não só as palavras contidas nele, mas também toda a bagagem que o leitor adquiriu durante sua vida. Este entrelaçamento de horizontes é o que possiblita tantos modos diferentes e às vezes parecidos de compreender/interpretar/situar um livro. Era justamente isto que eu queria que a cannonlândia entendesse. Ser H² em uma mar de pretensas informações e entrevistas da J.K ditas RH era possível porque ler o livro é trazer muito mais para esta relação do que um simples "a J.K disse"!


Se a cannonlândia tivesse entendido isto, ela teria compreendido porque somos H² e porque até mesmo o shipper deles, por mais que tenha ocorrido em um final tosco, continua sendo UMA possibilidade dentre muitas. O que torna H² real nunca foi o livro em si, mesmo porque o livro em si não existe. O que sempre tornou H² real foi a relação livro-leitor!


Dizer que esta relação está errada, é trazer para uma ambiência tão rica um posicionamento fundamentalista e encerrar o que é frutífero em uma determinação não cabível ao espaço da leitura.


Por isto tudo e por ver que nem a J.K pensa assim (a partir das entrevistas e discursos dela), é por isto tudo que eu nunca gostei dela.


Até o quinto livro, ela ainda deixa entrever sua obra enquanto ambiência frutífera para todos os modos de compreensão/interpretação/situação. A partir do momento que Harry Potter tornou-se receita de bolo a ser seguida, tudo perdeu a graça. A leitura não mais se deu como espaço de interação livro-leitor e a série caiu em desgraça.


Infelizmente, o cair em desgraça veio coroado com o shipper RH ou HG. Para falar a verdade, nem a cannonlândia merecia isto. Nenhum fã merecia. Não porque deu RH ou HG no final tosco, mas porque isto impossibilitou a tão frutífera ambiência existente até então!
Por tudo isto, pela perda da magia, eu só tenho a lamentar! Lamento a má condução da série. Lamento a riqueza perdida. Lamento o fato de que a grande maioria prefere a mediocridade à ambiência oscilatória da compreensão/interpretação/situação.
Mais do que lamentar a perda de um bom final para a série, eu lamento o quão tacanho é o ser humano!



Eu sempre quis respeito ao diferente e não concordância!
Para mim, o posicionamento da cannonlândia sempre foi uma amostra de que a humanidade não está preparada para a oscilação, seja no mundo de Harry Potter, seja em qualquer outro.
Por isto eu digo: a minha crítica sempre foi ao humano e a forma dele conduzir sua existência no mundo. Harry Potter era apenas um veículo mostrante da imaturidade intelectual e emocional reinante entre nós!
"

Só pra completar, eu acho que a partir do momento em que Harry Potter deixou de ser um livro com múltiplas interpretações perdeu completamente a graça, então é por isso que essas entrevistas pós-sétimo livro me irritam tanto. Deixe mais coisas em aberto, é muito mais interessante. Virar e falar que o Dumb é gay, por exemplo, é tão sem propósito, era muito mais divertido quando era apenas especulação, e quem precisava daquele epilogo mongol (talvez seja a coisa que eu vi mais gente do fannon concordar que foi horrível). J K poderia ter entrado na historia por causa da sua historia, agora só vai entrar por causa dos números que sua história fez.



segunda-feira, 7 de abril de 2008

Filosofia de Vida






Apenas mais uma de amor

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido


Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito
Isso de ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz (eu sempre falo vulgar)
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

sexta-feira, 7 de março de 2008

A trail for the devil to erase

Nasceu sob um signo maldito, uma estrela vermelha.
Sangrou pela primeira vez aos doze anos e sentiu que ao mesmo tempo perdia algo precioso e ganhava uma vida nova.
Suas presas cresceram aos 15 e foi aí que batata frita deixou de ser sua comida favorita. Bife mal-passado, por favor. O boi mugindo, de preferência.
Não era de usar muito preto, mas também não ia sair por aí de amarelo.
Sempre achou cemitérios interessantes, pra falar a verdade, aqueles antigos com as estátuas e criptas. Mas nunca de noite, ainda lembrava como tinha ficado dias sem dormir depois de assistir Buffy.
Não adquiriu força sobre-humana ou um poder de cura, ainda sangrava se se machucava, mas o reflexo nunca sumiu do espelho.
Matou pela primeira vez aos 18. Sem querer. Ela até que gostava dele. Mas seu coração não suportou ouvir o peito vazio dela.
Sua primeira refeição humana. É, já teve melhores. Preferia um carpaccio.
Aos 20 começou a ser caçada. Passava o máximo de tempo na praia, nunca procuravam lá.
Ficou mais bronzeada que os surfistas que ela afogava.
Foi empurrada pro meio da rua por um ladrão de carteiras que fugia da polícia. O caminhão nem a viu. Sob uma estrela prateada, morreu aos vinte cinco anos.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Aniversário

Ontem o La Texana fez exatamente um ano. Foram 73 posts, 26 tags, 20 textos, 3 listas, 3 momentos geeks e mais músicas do que eu tenho paciencia de contar. Eu não posso nem começar a contar o tanto que esse blog foi importante pra mim. Em termos de produção eu nunca escrevi tanto quanto esse último ano (muita coisa eu nem cheguei a postar aqui, mas o que vale é o incentivo) e experimentei várias técnicas novas, inclusive um texto em segunda pessoa, talvez o que tenha me dado mais trabalho. Em momentos de dor eu escrevia mais, e isso me curava um pouco, ás vezes muito. Eu me deliciei com cada comentário feito, nem que fosse o "achei legal" até os mais detalhados, mas sempre tendo em mente que eu escrevia pra mim, não pros outros. Se alguém mais gostou e achou válido, foi lucro. Então, o que eu quero dizer, é valeu, blog, por ser um veículo pros meus devaneios, e obrigada, qualquer um que tenha lido, por compartilhar o meu mundo particular. Que muitos anos se sigam.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sushi-Bar 24 hs

Ela quase passou batido pelo sushi-bar. Então o neon-azul lembrou-a da fome que sentia.
Andava arrastando os pés, as pernas afastadas, as mãos tão enfiadas nos bolsos da jaqueta de couro que parecia estar se preparando pra ser atacada.
Sentou no balcão e viu pedaços de salmão rosado passarem a sua frente. De repente não estava mais com tanta fome.
Ela escaneou o ambiente e viu ele. Tinha cílios longos, que quase tocavam sua bochecha, os ombros estreitos e cabelo que seria encaracolado se não estivesse tão curto.
Viu ela observando e sorriu. Se levantou e sua figura tinha uma graça estudada. Ele quase não tinha indicio de barba.
-Algum problema com seu sushi?
-Você trabalha aqui?
-Só curiosidade. Meu nome é Kevin, por falar nisso.
Ele ofereceu a mão pra ser apertada, tinha dedos longos, unhas curtas e bem cuidadas e uma veia saltada nas costas da mão.
-Kevin? Você está falando sério?
-Talvez.
-Ana Luísa.
Ele olhou pra ela, espantado.
-Sério?
-Quem sabe?
Ela resolveu comer afinal. Lula, que tinha gosto de frango.
-Então Kevin, não está meio tarde pra você estar acordado?
-Mas baby, gatos são criaturas noturnas.
Ele era quase asqueroso. Se não fosse completamente charmoso.
-E quantos anos você tem mesmo?
-18.
Ela olhou com incredulidade.
-Okay, 16. Droga, se essa barba crescesse de uma vez.
-Eu acho que não ajudaria muito, Kev.
Ela tirou o casaco, revelando uma tatuagem (ou seria uma cicatriz?), no ombro esquerdo. Colocou o casaco no colo dele.
-Ah, eu já entendi.
-O que?
-Você, com essa história de ficar se despindo. Não é muito sutil, sabia?
-Talvez eu esteja com calor.
-Talvez você queira me seduzir.
-Não é um hábito meu tentar seduzir garotos adolescente na madrugada.
-Garotas, então?
Ela sorriu genuinamente.
-Você é o pior.
-E ainda assim você continua conversando comigo.
-Foi você que veio até aqui.
Ela apoiou os cotovelos na mesa, afundou o pescoço e sentou com as pernas abertas, como se fosse um cowboy.
-Mas Ana, você estava praticamente gritando meu nome com os olhos.
-Eu ainda nem sabia seu nome, Kev. Ainda acho que não sei.
Ela levantou e pareceu que ia sair. Passou perto dele e sussurrou.
-Eu quero ouvir você gritar meu nome.
Saiu do restaurante sem pagar a conta.
Ele teve que segui-la. Pra devolver o casaco. Você sabe.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sing(c)el(r)o

-Gosh, this boy. Depois que foi feito, quebraram o molde.
Falou sem emoção.
-Ah, você acha isso? E porque não fala pra ele?
Os joelhos das duas se tocavam levemente. Deu de ombros.
-Pra que? Que bem faria?
-Sei lá. Talvez... sei lá.
Começou a brincar com as pontas da pulseira, já desbotada, do Senhor do Bonfim. Três desejos.
-Será que ele usa protetor solar?
-Quando vai pra praia?
-Não, não, assim, todo dia.
Piscou duas vezes, lentamente.
-Vai saber.
O barulho das bolas sendo chutadas, socadas e estapeadas era amplificado pelo teto alto.
-Eu acho as pintas dele bonitas.
-As o quê?
-As pintas. Do pescoço.
-É verdade.
Ele parou no meio da quadra, de costas para as duas. Pôs as mãos na cintura, como se seus rins incomodassem e girou o tronco.
Localizou as meninas, sorriu e acenou. Ela acenaram de volta. Saiu correndo.
-Posso te contar um segredo?
Pôs a mão na frente da boca, mas não diminuiu o volume da voz.
-Hum?
-Eu acho que ele sabe.


I think that he knows, I think that he knows.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Swear to Blog!

Música mais bonitinha do filme lindo que todo mundo no mundo tem que ver. Ai, que final perfeito. E eu aqui, já querendo assistir de novo.



Letra (de ouvido, porque essa versão é diferente da original):

Paulie: Ready?
Juno: Yeah.
Paulie: You´re a part time lover and a full time friend
The monkey on your back is the lateast trend
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: Here is the church, and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: We both have shinny happy fits of rage,
I want more fans, you want more stage
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: You´re always trying to keep it real
And I´m love with how you feel
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: I kiss you on the brain, in the shadow of a train
I kiss you all staryeyed, my body swing from side to side
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: The peebles forgive me, the trees forgive me
So why can´t you forgive me?
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: Dup, durorup, durorup, durorup
Juno: Dup, durorup, durorup, durorup
Paulie e Juno: Dup, durorup, durorup, durorup
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Corvo

Ele passava o dia inteiro no escritório quebrando números. Se fosse mais esperto ele conseguiria perceber o padrão que ligava todos eles, mas como não era apenas ficava inquieto com a estranha familiaridade que permeava seu trabalho.
Sua função era checar se o computador estava fazendo as contas direito. Era bom com números, números altos e simples, números que não precisavam ser embasados em muita teoria. Ele não saberia explicar, nem pra si mesmo. Ensinavam pra ele que dois mais dois são quatro e ele chegava a conclusão que quatro mais quatro são oito, só não perguntassem porque, ele simplesmente sabia.
Na escola não tinha tido amigos e era ruim em todas as outras matérias, mas desde cedo ele aprendera que se alguém fosse bom o suficiente em matemática não importava o quão péssimo ele fosse nas outras coisas. Sempre passou por conselho.
Ainda assim, não era algo que o fascinasse. Era só uma habilidade que ele tinha, assim como outras pessoas sabiam assobiar e outras não. Ninguém achava assobiar particularmente interessante, assim como ele não ligava para números.
Um dia ele tinha ouvido falar que matemática e música tinham muito a ver uma com a outra. Isso foi o suficiente pra convence-lo a não fazer matemática na faculdade. Odiava música.
Música de qualquer tipo, desde hip-hop a Bach, o deixava nervoso e claustrofóbico e se havia alguma coisa que podia tira-lo do sério era pegar carona com alguém que ligava o rádio. Evitava pegar caronas. Evitava também reuniões sociais. Reuniões sociais costumavam ter música.
O único ritmo que tolerava era a melancolia surda e repetitiva de alguma músicas eletrônicas. Desde que não houvesse alguém cantando por cima. Cantores eram os piores. Portanto tinha feito contabilidade.
E os números continuaram aparecendo, naquele padrão-fantasma não identificável. Ás vezes conceitos como dobro, triplo, raiz quadrada, metade surgiam na mente dele, mas nada que o fizesse ficar intrigado, nada que ele se sentisse compelido a identificar.
Morava no 314 . Certa vez tinha ficado mais de uma hora em frente a porta, só olhando o número, como se houvesse algo nele que explicaria tudo. Mas alguma coisa estava faltando, e nada realmente aconteceu, então ele tinha agarrado sua pasta e entrado.
Estava fadado o dia em que ia dar errado. Todas as mensagens de erro do computador se resumiam a um número; 6,29; 6,29; 6,29; 6,29.
Então algo clicou em seu cérebro e ele compreendeu. Todos os segredos guardados por um bom motivo vieram afogando sua mente, com a força de uma avalanche, e ele descobriu que sabia a mais terrível das verdades.
Naquele dia um brilho de loucura se instalou em seus olhos.

Só pra avisar pra vcs que minha crise está terminada, e deu tudo certo, mas eu me sinto meio desconfortavel em escrever sobre ela aqui, mas valeu pelos votos de confiança. Então, eu to querendo voltar pra Bsb quinta ou sexta, e se alguém quiser me pegar na rodoviaria e me dar carona pra casa eu agradeço, porque a minha mãe vai viajar e volta só domingo, e táxi é caro... Ah, por último, se alguém não entendeu a referencia do titulo, está desesperadamente precisando ler Poe.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

breakdown

Tantas coisas péssimas e horríveis aconteceram comigo hoje que eu estou uma pilha de nervos. O pior é que não existe ninguém pra por a culpa a não ser eu mesma. Eu elaboraria, mas sinceramente, não tenho mais energia alguma pra reviver tudo. Basta dizer que eu to voltando pra Rio Claro em crise emergencial. Espero não ficar muito tempo (se puder voltar quinta feira pra Goiânia, ótimo). Eu estou fisicamente passando mal de nervoso e alguma coisa pulsa abaixo da minha costela esquerda como se quisesse sair. O alien querendo surgir de novo. Eu tive que me ajoelhar na sala a um momento atrás, porque meus joelhos falharam. Espero que amanha já esteja tudo resolvido e eu possa voltar a escrever em vermelho de novo. Se for o caso eu conto tudo, escondendo os detalhes mais estúpidos pra mim mesma, pra auto-tortura que eu mereço. É galera, acho que vai demorar até eu poder voltar pra Brasília.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Momento Geek III



Fui na Saraiva gastar o presente de Natal que minha vó me deu e voltei com R$ 240,00 em produtos pra alimentar minha veia geek:




Arquivo X, Segunda Temporada: Gente, eu não posso nem começar a descrever o tanto que eu to feliz de ter um Mulder e uma Scully a minha disposição sempre que eu quiser. E agora eu posso pausar, repetir, tentar entender o que diabos esses ets querem com a gente ao mesmo tempo em que eu vejo o tanto que o Mulder é pretty (pretty boy) e a Scully é o máximo. E além de alimentar meu geek interior, alimento meu shipper interior, porque esses dois, vou te contar. Eles vivem se tocando, cara, e isso porque eu nem vou detalhar a reação do Mulder quando a Scully é (spoiler). Love!




The Watchmen: Sim, um graphic novel. Sim, custou quarenta conto numa edição nem tão boa assim. Mas é tão bom! É do Alan Moore, o mesmo cara de Monstro do Pântano (fantástico) e V de Vingança (superestimado, na minha opinião). E é sobre esses super heróis que vivem num mundo que a guerra fria foi um tanto diferente da nossa e o fim do mundo está realmente prestes a acontecer. Ao mesmo tempo em que super-heróis mascarados, já aposentados, começam a morrer, e os poucos que sobraram começam a investigar, temendo serem os próximos. É meio que um por trás das cenas do liga da justiça, o que realmente aconteceu, o que motivou essas pessoas a porem uma máscara e ir atrás de malfeitores, o que eles ganharam com isso. É politico, inovador, corajoso e vale a pena.




Sandman, Estação das Brumas: Finalmente eu consegui comprar uma das edições da história do senhor dos sonhos. O Neil Gaiman é tão bom nesse negocio de contar histórias, isso porque ele parece saber todas as histórias que já foram contadas no mundo. Sandman é um mundo de referencias, atrás de referencias, simbolismos atrás de simbolismos. E isso só os que eu conhecia. Viu, eu sempre soube que ficar lendo esses livros de mitologia iam me servir pra alguma coisa. E essa história em particular é geek ao quadrado porque faz referencias diretas a coisas intrinsicamente exploradas no mangá Angel Sanctuary. Que eu leio! Basicamente Lúcifer desiste de comandar o inferno, expulsa todos os habitantes de lá e entrega a chave pro Sandman fazer o que bem entender com ela. Agora todos os habitantes de todos os infernos possíveis (tipo Asgard, saca, de Cavaleiros) querem se apoderar dele e cabe a Sandman escolher quem é mais digno, ou quem tem o melhor suborno. O final é espetacular e só a pequena referencia ao Gavião Negro me deixa feliz (porque afinal, eu sou geek da DC), mas são os personagens demoníacos e angelicos que fazem a graça. Só não precisava ser tão caro.






Anasi Boys: Por fim, eu não ia gastar esse tanto de dinheiro numa livraria e não comprar, saca, um livro. Mas continuando com a veia geek eu fui e comprei outro do Neil Gaiman. Na verdade eu quase comprei Stardust, mas era mais caro, menor e tinha todas essas viadagens desnecessárias que eles põe em versões nacionais. Esse é em inglês, e é em paperback, que eu aaaamooooo, e mesmo assim é grosso, o que é quase impossível com paperback. Eu só comecei a ler, mas é uma comédia fantastica (no sentido de ser uma fantasia) sobre deuses africanos, irmãos desconhecidos e ingleses um pouco uptights demais pro próprio bem. Até agora eu to gostando. Eu já falei que é paperback?








obs: Meu eu cortei bastaaaaante meu cabelo, tipo eu mal consigo prender ele. Eu ainda to me acostumando, mas eu acho que ficou rock´n roll.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cause I can make hot, make you stop, make you wanna say my name, girl


I can´t wait to fall in love with you

Na verdade foi o brilho do olhar dela, prestes a chorar, que me fez parar e prestar atenção. A idéia de querer consolar alguém sem segundas intenções, era nova e excitante.
Ofereci meu lenço, ao lado da fonte do jardim, mas ela não deve ter entendido meu sorriso bobo e irrestrito, desprovido da mistique e charme tão bem lapidados durante toda a minha existência.
Quando ela tocou minha mão, devolvendo o lenço, cheguei a conclusão que valera a pena.

You can´t wait to fall in love with me

Ela relutou em montar comigo. Dizia que por mais que tivesse domado mais de meia dúzia de éguas enquanto crescia na fazenda, não era certo uma moça direita sair cavalgando por aí, com um cavalheiro que ela mal conhecia.
Ela me chamar de cavalheiro me fez rir e ficar mais determinado.
Levei meu alazão, Bola-de-Neve pra conhece-la e foi amor à primeira vista.
Foi uma tarde extremamente agradável, entre os dois. Eu fiquei basicamente sentado na varanda, contando teias de aranhas do teto até eles voltarem do, longo, passeio. Dezessete.
Mas o olhar de pura adoração que ela me lançou, depois de ter, finalmente, voltado, me agradecendo por ter podido montar tão nobre animal, me disse que eu faria tudo novamente.

This just can´t be summer love, you´ll see

Minha mãe não gostou da nossa amizade, afinal ela era uma camponesa, como muitas outras antes, e deveria ser só um passatempo, nada de longas tardes quentes e preguiçosas passadas juntos, apenas sobre biscoitos e suco e conversas sobre raças puras. Nada de passeios de barco no lago da cidade, ou cochilos embaixo de árvores, enquanto ela lia poesia e afagava meus cabelos.
Sem classe, ela dizia, sem berço, sem inteligência, quanto tempo você acha que vai aguentar sem se entediar com ela.
Pra sempre, eu respondia, e quando via o rosto dela, sorrindo pra mim, quando entrelaçava meu braço, eu sabia que dizia a verdade.

Come on baby, please, I am on my kness

Demorou cinco semanas de corte até ela aceitar ir a um dos bailes comigo.
Iríamos montados no Bola-de-Neve. Eu até tinha oferecido selar outro cavalo mas, corando, ela tinha dito que estava tudo bem, Bola-de-Neve era forte o suficiente para carregar nós dois de uma vez.
Transbordando de alegria, me ajoelhei, oferecendo minha perna para que ela subisse na sela.
Durante o caminho todo ela me provocou dizendo que não sabia que seria tão fácil me botar de joelhos.
Eu não me importei, sabendo que naquela noite eu iria traze-la de joelhos também.

This just can´t be summer love

Depois de três meses ela me disse que vai embora. Vai viajar de barco com o pai, que barco seria esse ela não me diz. Temo que a minha mãe teve alguma coisa a ver com isso.
Eu digo que a gente pode fugir, passar um tempo fora, fingir que tivemos uma pequena morte. Ela olhou pra mim e tentou não rir na minha cara.
É uma conversa racional, cheia de nunca ia dar certo,nós somos muito diferentes e nossos pais se odeiam. Eu penduro minha cabeça em desolação e tento mais uma vez.
Mas você não entende, apelo, eu nunca, nunca foi assim. Eu nunca senti... Você não pode simplesmente ir.
Ela me olhou com compaixão, pegou minha mão e tirou minha luva. Beijou o dorso da minha mão, como se fosse um cavalheiro. É a primeira vez que ela realmente beija um pedaço da minha pele.
Não, eu quero dizer, mas não digo. Nós dois nos damos as costas e vemos o ultimo sol do verão morrer.