segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O Corvo

Ele passava o dia inteiro no escritório quebrando números. Se fosse mais esperto ele conseguiria perceber o padrão que ligava todos eles, mas como não era apenas ficava inquieto com a estranha familiaridade que permeava seu trabalho.
Sua função era checar se o computador estava fazendo as contas direito. Era bom com números, números altos e simples, números que não precisavam ser embasados em muita teoria. Ele não saberia explicar, nem pra si mesmo. Ensinavam pra ele que dois mais dois são quatro e ele chegava a conclusão que quatro mais quatro são oito, só não perguntassem porque, ele simplesmente sabia.
Na escola não tinha tido amigos e era ruim em todas as outras matérias, mas desde cedo ele aprendera que se alguém fosse bom o suficiente em matemática não importava o quão péssimo ele fosse nas outras coisas. Sempre passou por conselho.
Ainda assim, não era algo que o fascinasse. Era só uma habilidade que ele tinha, assim como outras pessoas sabiam assobiar e outras não. Ninguém achava assobiar particularmente interessante, assim como ele não ligava para números.
Um dia ele tinha ouvido falar que matemática e música tinham muito a ver uma com a outra. Isso foi o suficiente pra convence-lo a não fazer matemática na faculdade. Odiava música.
Música de qualquer tipo, desde hip-hop a Bach, o deixava nervoso e claustrofóbico e se havia alguma coisa que podia tira-lo do sério era pegar carona com alguém que ligava o rádio. Evitava pegar caronas. Evitava também reuniões sociais. Reuniões sociais costumavam ter música.
O único ritmo que tolerava era a melancolia surda e repetitiva de alguma músicas eletrônicas. Desde que não houvesse alguém cantando por cima. Cantores eram os piores. Portanto tinha feito contabilidade.
E os números continuaram aparecendo, naquele padrão-fantasma não identificável. Ás vezes conceitos como dobro, triplo, raiz quadrada, metade surgiam na mente dele, mas nada que o fizesse ficar intrigado, nada que ele se sentisse compelido a identificar.
Morava no 314 . Certa vez tinha ficado mais de uma hora em frente a porta, só olhando o número, como se houvesse algo nele que explicaria tudo. Mas alguma coisa estava faltando, e nada realmente aconteceu, então ele tinha agarrado sua pasta e entrado.
Estava fadado o dia em que ia dar errado. Todas as mensagens de erro do computador se resumiam a um número; 6,29; 6,29; 6,29; 6,29.
Então algo clicou em seu cérebro e ele compreendeu. Todos os segredos guardados por um bom motivo vieram afogando sua mente, com a força de uma avalanche, e ele descobriu que sabia a mais terrível das verdades.
Naquele dia um brilho de loucura se instalou em seus olhos.

Só pra avisar pra vcs que minha crise está terminada, e deu tudo certo, mas eu me sinto meio desconfortavel em escrever sobre ela aqui, mas valeu pelos votos de confiança. Então, eu to querendo voltar pra Bsb quinta ou sexta, e se alguém quiser me pegar na rodoviaria e me dar carona pra casa eu agradeço, porque a minha mãe vai viajar e volta só domingo, e táxi é caro... Ah, por último, se alguém não entendeu a referencia do titulo, está desesperadamente precisando ler Poe.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

breakdown

Tantas coisas péssimas e horríveis aconteceram comigo hoje que eu estou uma pilha de nervos. O pior é que não existe ninguém pra por a culpa a não ser eu mesma. Eu elaboraria, mas sinceramente, não tenho mais energia alguma pra reviver tudo. Basta dizer que eu to voltando pra Rio Claro em crise emergencial. Espero não ficar muito tempo (se puder voltar quinta feira pra Goiânia, ótimo). Eu estou fisicamente passando mal de nervoso e alguma coisa pulsa abaixo da minha costela esquerda como se quisesse sair. O alien querendo surgir de novo. Eu tive que me ajoelhar na sala a um momento atrás, porque meus joelhos falharam. Espero que amanha já esteja tudo resolvido e eu possa voltar a escrever em vermelho de novo. Se for o caso eu conto tudo, escondendo os detalhes mais estúpidos pra mim mesma, pra auto-tortura que eu mereço. É galera, acho que vai demorar até eu poder voltar pra Brasília.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Momento Geek III



Fui na Saraiva gastar o presente de Natal que minha vó me deu e voltei com R$ 240,00 em produtos pra alimentar minha veia geek:




Arquivo X, Segunda Temporada: Gente, eu não posso nem começar a descrever o tanto que eu to feliz de ter um Mulder e uma Scully a minha disposição sempre que eu quiser. E agora eu posso pausar, repetir, tentar entender o que diabos esses ets querem com a gente ao mesmo tempo em que eu vejo o tanto que o Mulder é pretty (pretty boy) e a Scully é o máximo. E além de alimentar meu geek interior, alimento meu shipper interior, porque esses dois, vou te contar. Eles vivem se tocando, cara, e isso porque eu nem vou detalhar a reação do Mulder quando a Scully é (spoiler). Love!




The Watchmen: Sim, um graphic novel. Sim, custou quarenta conto numa edição nem tão boa assim. Mas é tão bom! É do Alan Moore, o mesmo cara de Monstro do Pântano (fantástico) e V de Vingança (superestimado, na minha opinião). E é sobre esses super heróis que vivem num mundo que a guerra fria foi um tanto diferente da nossa e o fim do mundo está realmente prestes a acontecer. Ao mesmo tempo em que super-heróis mascarados, já aposentados, começam a morrer, e os poucos que sobraram começam a investigar, temendo serem os próximos. É meio que um por trás das cenas do liga da justiça, o que realmente aconteceu, o que motivou essas pessoas a porem uma máscara e ir atrás de malfeitores, o que eles ganharam com isso. É politico, inovador, corajoso e vale a pena.




Sandman, Estação das Brumas: Finalmente eu consegui comprar uma das edições da história do senhor dos sonhos. O Neil Gaiman é tão bom nesse negocio de contar histórias, isso porque ele parece saber todas as histórias que já foram contadas no mundo. Sandman é um mundo de referencias, atrás de referencias, simbolismos atrás de simbolismos. E isso só os que eu conhecia. Viu, eu sempre soube que ficar lendo esses livros de mitologia iam me servir pra alguma coisa. E essa história em particular é geek ao quadrado porque faz referencias diretas a coisas intrinsicamente exploradas no mangá Angel Sanctuary. Que eu leio! Basicamente Lúcifer desiste de comandar o inferno, expulsa todos os habitantes de lá e entrega a chave pro Sandman fazer o que bem entender com ela. Agora todos os habitantes de todos os infernos possíveis (tipo Asgard, saca, de Cavaleiros) querem se apoderar dele e cabe a Sandman escolher quem é mais digno, ou quem tem o melhor suborno. O final é espetacular e só a pequena referencia ao Gavião Negro me deixa feliz (porque afinal, eu sou geek da DC), mas são os personagens demoníacos e angelicos que fazem a graça. Só não precisava ser tão caro.






Anasi Boys: Por fim, eu não ia gastar esse tanto de dinheiro numa livraria e não comprar, saca, um livro. Mas continuando com a veia geek eu fui e comprei outro do Neil Gaiman. Na verdade eu quase comprei Stardust, mas era mais caro, menor e tinha todas essas viadagens desnecessárias que eles põe em versões nacionais. Esse é em inglês, e é em paperback, que eu aaaamooooo, e mesmo assim é grosso, o que é quase impossível com paperback. Eu só comecei a ler, mas é uma comédia fantastica (no sentido de ser uma fantasia) sobre deuses africanos, irmãos desconhecidos e ingleses um pouco uptights demais pro próprio bem. Até agora eu to gostando. Eu já falei que é paperback?








obs: Meu eu cortei bastaaaaante meu cabelo, tipo eu mal consigo prender ele. Eu ainda to me acostumando, mas eu acho que ficou rock´n roll.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Cause I can make hot, make you stop, make you wanna say my name, girl


I can´t wait to fall in love with you

Na verdade foi o brilho do olhar dela, prestes a chorar, que me fez parar e prestar atenção. A idéia de querer consolar alguém sem segundas intenções, era nova e excitante.
Ofereci meu lenço, ao lado da fonte do jardim, mas ela não deve ter entendido meu sorriso bobo e irrestrito, desprovido da mistique e charme tão bem lapidados durante toda a minha existência.
Quando ela tocou minha mão, devolvendo o lenço, cheguei a conclusão que valera a pena.

You can´t wait to fall in love with me

Ela relutou em montar comigo. Dizia que por mais que tivesse domado mais de meia dúzia de éguas enquanto crescia na fazenda, não era certo uma moça direita sair cavalgando por aí, com um cavalheiro que ela mal conhecia.
Ela me chamar de cavalheiro me fez rir e ficar mais determinado.
Levei meu alazão, Bola-de-Neve pra conhece-la e foi amor à primeira vista.
Foi uma tarde extremamente agradável, entre os dois. Eu fiquei basicamente sentado na varanda, contando teias de aranhas do teto até eles voltarem do, longo, passeio. Dezessete.
Mas o olhar de pura adoração que ela me lançou, depois de ter, finalmente, voltado, me agradecendo por ter podido montar tão nobre animal, me disse que eu faria tudo novamente.

This just can´t be summer love, you´ll see

Minha mãe não gostou da nossa amizade, afinal ela era uma camponesa, como muitas outras antes, e deveria ser só um passatempo, nada de longas tardes quentes e preguiçosas passadas juntos, apenas sobre biscoitos e suco e conversas sobre raças puras. Nada de passeios de barco no lago da cidade, ou cochilos embaixo de árvores, enquanto ela lia poesia e afagava meus cabelos.
Sem classe, ela dizia, sem berço, sem inteligência, quanto tempo você acha que vai aguentar sem se entediar com ela.
Pra sempre, eu respondia, e quando via o rosto dela, sorrindo pra mim, quando entrelaçava meu braço, eu sabia que dizia a verdade.

Come on baby, please, I am on my kness

Demorou cinco semanas de corte até ela aceitar ir a um dos bailes comigo.
Iríamos montados no Bola-de-Neve. Eu até tinha oferecido selar outro cavalo mas, corando, ela tinha dito que estava tudo bem, Bola-de-Neve era forte o suficiente para carregar nós dois de uma vez.
Transbordando de alegria, me ajoelhei, oferecendo minha perna para que ela subisse na sela.
Durante o caminho todo ela me provocou dizendo que não sabia que seria tão fácil me botar de joelhos.
Eu não me importei, sabendo que naquela noite eu iria traze-la de joelhos também.

This just can´t be summer love

Depois de três meses ela me disse que vai embora. Vai viajar de barco com o pai, que barco seria esse ela não me diz. Temo que a minha mãe teve alguma coisa a ver com isso.
Eu digo que a gente pode fugir, passar um tempo fora, fingir que tivemos uma pequena morte. Ela olhou pra mim e tentou não rir na minha cara.
É uma conversa racional, cheia de nunca ia dar certo,nós somos muito diferentes e nossos pais se odeiam. Eu penduro minha cabeça em desolação e tento mais uma vez.
Mas você não entende, apelo, eu nunca, nunca foi assim. Eu nunca senti... Você não pode simplesmente ir.
Ela me olhou com compaixão, pegou minha mão e tirou minha luva. Beijou o dorso da minha mão, como se fosse um cavalheiro. É a primeira vez que ela realmente beija um pedaço da minha pele.
Não, eu quero dizer, mas não digo. Nós dois nos damos as costas e vemos o ultimo sol do verão morrer.






terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Lua em Áries (e ainda tem gente que não acredita em horoscopo)

Todo inicio de ano eu costumo procurar por essas coisas, mas esse foi o primeiro que eu vi que detalhava tão bem a relação entre signo solar e ascendente. Depois diz se não sou eu:


Signo - Libra / Ascendente Leão.
Sem limites para a paixão.A junção com o ascendente faz dele o ser que deseja amar acima de tudo. A vida gira em torno daquilo que lhe permite criatividade e desdobramento do próprio Eu.

Seu lado Leonino mostra uma líder até na hora de amar... é gentil, generoso, simpático e protetor. É extrovertido e radiante, enchendo de vida todo ambiente onde se encontra.Companheiro fiel e dedicado, o leonino é capaz de relacionamentos intensos e calorosos. É o signo da radiância.
O lado leão faz de libra uma pessoa muito viva e expressiva. Existe uma marca pessoal em tudo o que faz, tem muita personalidade, adora elogios (isso é tão verdade que chega a me envergonhar), é generoso e facilmente consegue potencializar a atenção dos outros.
No libriano o charme e equilíbrio são suas características marcantes. Além disso, é inteligente e honesto em suas decisões. Cultiva a paixão pela justiça, joga limpo e não é capaz de suportar uma traição. Romântico ao extremo, conquista as pessoas aos poucos. Sensualidade, beleza e liberdade são fundamentais em sua relação.
É sensível, justo. Procura construir uma vida harmoniosa e agradável, onde possa se cercar de gente que entende seus valores e sentimentos. Prefere viver com rapidez, movimento e detesta a mesmice (Ah, nem tanto, eu gosto de uma rotina).
O nativo de Libra valoriza muito os relacionamentos e faz de tudo para agradar àqueles que ama. Quando ama, ama de verdade, não há cá meios termos para definir o seu sentimento, o qual é sincero, intenso e duradouro (e como eu já sofri por isso), é um ser diplomático e educado, que resolve as coisas com uma conversa amigável (você chama de conversa, eu chamo de discussão amigável).
Palavra que define o libriano: Harmonia
O que menos suporta: A injustiça
O dinheiro obtém: Trabalhando naquilo que gosta
O dinheiro significa : Uma necessidade a mais
Mente: É intuitiva e profunda
Família: É parte de seu equilíbrio
O lar está carregado de: Ordem e harmonia
Sua imaginação se caracteriza por: Ser rápida e original
No trabalho: É justo e imparcial
Seu trabalho perfeito está: Ligado às Leis, relações públicas, diplomacia, arte, literatura, comunicação (será que o universo esta tentando me dizer alguma coisa?).
Atividade que o beneficia : Desenvolver algo artístico
Como repõe suas energias: Desfrutando a vida e rodeando-se de beleza (talvez a maior verdade sobre mim mesma que eu já ouvi)
Em sociedade e nos negócios caracteriza-se por: Ser neutro e objetivo
No amor: Você busca um amante ideal e eterno (Suspiro... isso pode ser extremamente frustrante, sabia?)
O casamento: É uma relação igualitária
Sua maior virtude: A integridade
Seu sonho secreto: Um mundo justo para todos (Awww, talvez, num futuro distante, depois de eu ter conquistado o mundo)
Sua filosofia: O equilíbrio é o melhor caminho
As viagens: Significam aprendizagem (então quer dizer que é por isso que eu gosto tanto de ir em museus e essas coisas?)
Define o sucesso como: Sorte e intuição
Como chefe: É receptivo e sensível
Os amigos significam: Honestidade e lealdade
Pecado capital: Luxúria (Nem, preguiça)
Signo Complementar: Áries, a força do eu.
Oposto Psicológico: Escorpião (True, true)
Dia da Semana: Sexta-feira
Estação do Ano: Outono
Flores e Plantas: Hortênsia, Lírio, Amor-Perfeito (gente até na flor...), Orquídea, Rosas, camélias, Flores Azuis.
Música: Envolventes, Quentes e Românticas
Potencial Psíquico: Excelente percepção extra-sensorial (um pouquinho excelente demais pro meu gosto)
Palavras Chave: Eu (Hee), Harmonia, Equilíbrio, Juntos.
Símbolos: A Balança