Olha quem tá batendo na portinha do seu coração
olha quem tá batendo na portinha do seu coração
Menina, você está tão linda
Eu só queria te dizer
Que a serenata é pra você, é pra você, é pra você, é pra você
Por mais estranho que soe, ser acordado as tres da madrugada por um bando de bebadôs desafinados não é tão divertido quanto parece.
Ontem a gente ficou até as 19:30 procurando amebas nos microscópios. Detalhe, a aula termina às 18:00. O professor teve que expulsar a gente da sala.
Hoje eu descobri que química (pelo menos a parte legal) é na verdade física. Mais um ponto pra você Rafa.
sexta-feira, 23 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
Microscopia eletrônica
É um momento fantástico quando você percebe (descobre) que o vacúo não existe.
sábado, 17 de março de 2007
Retorno
Ele veio comemorar a chegada dos soldados com o povo. Mesmo com a armadura completa, a reconheceu liderando o grupo, montada no cavalo negro.
Ela apeoou e retirou o elmo. Seu cabelo, antes de um louro dourado, estava escuro, como que sujo, e batia em sua cintura.
Havia uma cicatriz infeccionada em seu rosto, um talho que atravessava sua bochecha direita. Um hematoma roxo decorava seu supercílio, seu lábio inferior estava inchado e sangrava, e uma ferocidade selvagem iluminava seus olhos.
Ela nunca lhe pareceu mais formidável.
obs: este é apenas um pequeno trecho de algo muito maior que um dia espero que venha ser.
quarta-feira, 7 de março de 2007
sábado, 3 de março de 2007
BSB
No meu último dia de Brasília, resolvi falar um pouco sobre essa cidade que, com muita resistência, aprendi a chamar de minha.
Podia falar sobre as pessoas, que é claro vão me fazer mais falta acima de tudo, mas preferi me concentrar no local, esse lugar muito estranho.
Prevejo que o que me trará saudade serão as pequenas coisas e não os famosos padrões top de linha tão louvados pelos desconhecedores.
A falta de violência é uma falácia, e por mais planejada (?) que seja, existe sim caos no transito. Não, eu nunca vi o presidente nem estudei com filho de diplomata (se estudei nunca soube).
A "capital do Rock" se agita toda por causa de uma micarê, que, tenham certeza, não me fará falta.
Não, saudade eu vou ter das minhas roupas secarem, até em época de chuva, em tres horas. Que ali por Julho, quando o céu está tão azul que dá aflição, se vc ficar debaixo de sol sente calor, e se for pra sombra sente muito, muito frio.
Saudade das incoerencias, uma cidade tão esquizofrenica que mesmo estando no meio do Planalto Central é a segunda maior consumidora de moda surf do país. O único lugar no mundo em que vc pode ouvir alguém falar "uai", "oxe" e "guria" na mesma frase.
Um lugar onde não existe fanatismo por futebol, e mesmo assim a seleção braileira veio jogar, naquele estádio horrivel, e lotou.
Onde ou vc anda muito, ou anda muito pouco. uma cidade de prédios que não tem um arranha-céu (águas-claras não conta).
Uma cidade de carros. Uma cidade de celulares (tem mais celular que gente). Que tem dois milhões de habitantes mas tem-se a (falsa) impressão que se conhece todo mundo. Que tem o transporte público mais caro do país.
Uma cidade sem centro, mas com periferia. Onde as pessoas comem pizza em pé. Que vc vai pra show de quem vc nem conhece, mas perde os shows de quem vc é fã. onde tem show no shopping. onde shopping lota até segunda de manhã (tá, exagero).
Enfim um lugar que, pra todos os efeitos, não existe.
Podia falar sobre as pessoas, que é claro vão me fazer mais falta acima de tudo, mas preferi me concentrar no local, esse lugar muito estranho.
Prevejo que o que me trará saudade serão as pequenas coisas e não os famosos padrões top de linha tão louvados pelos desconhecedores.
A falta de violência é uma falácia, e por mais planejada (?) que seja, existe sim caos no transito. Não, eu nunca vi o presidente nem estudei com filho de diplomata (se estudei nunca soube).
A "capital do Rock" se agita toda por causa de uma micarê, que, tenham certeza, não me fará falta.
Não, saudade eu vou ter das minhas roupas secarem, até em época de chuva, em tres horas. Que ali por Julho, quando o céu está tão azul que dá aflição, se vc ficar debaixo de sol sente calor, e se for pra sombra sente muito, muito frio.
Saudade das incoerencias, uma cidade tão esquizofrenica que mesmo estando no meio do Planalto Central é a segunda maior consumidora de moda surf do país. O único lugar no mundo em que vc pode ouvir alguém falar "uai", "oxe" e "guria" na mesma frase.
Um lugar onde não existe fanatismo por futebol, e mesmo assim a seleção braileira veio jogar, naquele estádio horrivel, e lotou.
Onde ou vc anda muito, ou anda muito pouco. uma cidade de prédios que não tem um arranha-céu (águas-claras não conta).
Uma cidade de carros. Uma cidade de celulares (tem mais celular que gente). Que tem dois milhões de habitantes mas tem-se a (falsa) impressão que se conhece todo mundo. Que tem o transporte público mais caro do país.
Uma cidade sem centro, mas com periferia. Onde as pessoas comem pizza em pé. Que vc vai pra show de quem vc nem conhece, mas perde os shows de quem vc é fã. onde tem show no shopping. onde shopping lota até segunda de manhã (tá, exagero).
Enfim um lugar que, pra todos os efeitos, não existe.
sexta-feira, 2 de março de 2007
Território
-Me morde.
-Que?
-Me morde.
-Certo.
Era comum eles brincarem, e claro, mordidas eram parte do pacote, mas nunca haviam sido requisitadas, nunca ordenadas, com tanta veemência.
Se deitou por cima dela e mordiscou o lóbulo de sua orelha. Ia começar a mastigar seus lábios quando ela o empurrou com força, criando a distância de um braço.
-Não, eu quero que você me marque.
E empurrou a cabeça dele em direção ao seu estômago.
O umbigo parecia um bom lugar para começar, tinha uma borda, que ele deixou vermelha com dentadas. Tentou subir, mas ela segurava sua cabeça em posição. Decidiu mudar de estratégia, mordeu seu dedão e sola do pé. Descobriu que o tornozelo era muito, magro, ossudo, sem graça, mas que as batatas tinham esse nome por um motivo. Joelhos, nunca havia visto joelhos tão apetitosos. O interior da coxa se mostrou um lugar particularmente suculento, com um quê de antecipação. Estava muito próximo de seu objetivo quando, de súbito, ela se sentou.
-Não, hoje você vai só me morder.
Olhou nos olhos dele uma última vez, antes de oferecer seu pescoço, uma jugular pulsante.
-Sem dó, hein.
Ela nem precisava pedir, nessa altura, e foi perto do ombro que ele primeiro sentiu o gosto metálico do sangue dela. Que ao que parece foi um grande incentivo, pois só então ela se permitiu ataca-lo. Mordeu seu peito, sua clavícula, seu braços, seu rosto, sempre com mais força, com mais intensidade.
Até que se deu por satisfeita, se reclinou na cama e mostrou um sorriso de Mona Lisa.
-Você também é meu.
-Que?
-Me morde.
-Certo.
Era comum eles brincarem, e claro, mordidas eram parte do pacote, mas nunca haviam sido requisitadas, nunca ordenadas, com tanta veemência.
Se deitou por cima dela e mordiscou o lóbulo de sua orelha. Ia começar a mastigar seus lábios quando ela o empurrou com força, criando a distância de um braço.
-Não, eu quero que você me marque.
E empurrou a cabeça dele em direção ao seu estômago.
O umbigo parecia um bom lugar para começar, tinha uma borda, que ele deixou vermelha com dentadas. Tentou subir, mas ela segurava sua cabeça em posição. Decidiu mudar de estratégia, mordeu seu dedão e sola do pé. Descobriu que o tornozelo era muito, magro, ossudo, sem graça, mas que as batatas tinham esse nome por um motivo. Joelhos, nunca havia visto joelhos tão apetitosos. O interior da coxa se mostrou um lugar particularmente suculento, com um quê de antecipação. Estava muito próximo de seu objetivo quando, de súbito, ela se sentou.
-Não, hoje você vai só me morder.
Olhou nos olhos dele uma última vez, antes de oferecer seu pescoço, uma jugular pulsante.
-Sem dó, hein.
Ela nem precisava pedir, nessa altura, e foi perto do ombro que ele primeiro sentiu o gosto metálico do sangue dela. Que ao que parece foi um grande incentivo, pois só então ela se permitiu ataca-lo. Mordeu seu peito, sua clavícula, seu braços, seu rosto, sempre com mais força, com mais intensidade.
Até que se deu por satisfeita, se reclinou na cama e mostrou um sorriso de Mona Lisa.
-Você também é meu.
inaugural
No princípio era o verbo. E verbo significa palavra. E palavra significa verdade. Ou não. Que venham então as palavras.
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