sábado, 19 de maio de 2007

Noir (ou Rainy days and Mondays always get me down)

Queria arrancar seu cachecol cinéreo. E não só o cachecol. Imaginou como seria vê-la nua, como seria tocar sua pele alba, como seria beijar seus lábios russeus.
Mas deixaria o chápeu tírio. Combinava com seus cabelos flavus.
Não ousava tanto. Por hora se contentou quando seus olhos glaucos tocaram os seus ater.
Tinha um ar meio cerúleo, que contrastava com sua normal atitude auréa. Mesmo assim, enquanto descalçava as luvas galbinus, sorriu e falou:
-Que dia mais argênteo.
E ele não pôde deixar de ama-la.




ps: Escrito num guardanapo durante um vôo Campinas-Brasília. Inspirado pelo artigo "Palavras que levam ao arco-íris", de Mário Eduardo Viaro, na revista Língua Portuguesa, número 19.







6 comentários:

Tatiana M. disse...

Qdo as palavras vêm a mente não importa onde esteja...mto bom o texto!

Íris disse...

Adorei o texto!!!!!!!! Até imaginei a cena!!!!!!!

bjs

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Tô triste pq vc falou com o Pedro e não comigo?!!!!! buáaaaaaa
Nem um oizinhooo se quer!

Unknown disse...

Tá, não entendi todos os neologismos... Mas acho que fiz uma imagem justa do contexto.
;)

Cris Penha disse...

Muito legal seu blog e obrigada pela nota na comunidade!!!!!!!!!!

Renata disse...

acho que só vai dar para assistir piratas na semana que vem u.u'

Pri disse...

As cores têm um grande significado pra mim, traduzem meu espírito, minha personalidade, minhas vontades.
Legal você ter se inspirado no artigo do Mário Eduardo Viaro, coincidentemente eu o li esses dias. Gostei bastante, essa edição da Língua Portuguesa veio muito boa (tbém, com a Clarice na capa não poderia ser diferente!!).
Tô com saudades,
beijo.