terça-feira, 31 de julho de 2007

Liberdade

Foi o boné pra trás que chamou atenção. Engraçado, nunca gostou de bonés. Sentou ao seu lado e perguntou o que fazia ali. Ele respondeu apenas com um sorriso. A chuva fazia uma melodia melancólica então teve vontade de chorar. Ele disse que quase podia sentir a brisa do mar, tirou o boné e deixou o vento afagar seus cabelos. Não pôde mais conter as lágrimas. As luzes da cidade piscavam, como se fosse um sinal. Levantou e estendeu a mão pra ele, que olhava intrigado. Seu boné, agora seguro em uma das mãos, quis rebelar-se, por isso, quase com reverência ele posicionou sobre a cabeça. Fica melhor em você, ele disse, e não concordou pois não tinha um espelho por ali. Pulou, agora tinha certeza que podia voar.



7 comentários:

Unknown disse...

bom, eu já gostei de um cara de boné e passei conseqüentemente a querer usar bonés também. quase comprei um, mas a paixonite já tinha passado. =P
apesar de que, nossas fotos de boné são o máximo. =]

Renata disse...

Estou com medo de ter interpretado errado, mas enfim...

Flávio A disse...

esse negócio de pular e saber que se pode voar é tão peter pan =D

a marina me disse que vc já morou na octogonal. eu também já morei lá. brasília me assusta.

Cecília Braga disse...

Dona moça,
Damien é tudo de bão mesmo.
E na tua casa mora liberdade.
=**

Anônimo disse...

e o flavio forcando?
hahahaha


mas, enfim, ele eh legal.
(Marina aqui.)

Íris disse...

prefiro chapéus!!!

^^

Gaby Zaupa disse...

Ahh, a introspecção. hehehe
Mas o melhor é o fato de que a personagem que sentou-se ao lado do tal de boné não tem sexo. Isso é muito interessante. :}
Abrange tanto que nem sei, né!

Obrigada pelo elogio! Você escreve muito bem, achei. ;D