terça-feira, 23 de dezembro de 2008
"I´m the Luckiest girl in the world. I´m the most tired girl in the world"
Melhores e piores momentos:
Momento mais lindo: Like a Prayer cantado (esgoelado) de cor e salteado por mim e pela platéia toda. A música já é linda, mas ouvir 60 mil pessoas cantando em unissono é demais pra qualquer um.
Pior momento: Sem dúvida a espera. Meu show foi o que teve atraso maior, 2h e 15m, e como tinha chovido tava bastante frio. Depois que começou, porém, foi impecável.
Pior música: Bom, tinha umas músicas do cd novo, que eu não tenho, que eu não conhecia, e isso costuma ser sem graça, mas nessas horas era que o espetáculo ficava mais impressionante e eu saí dali gostando de tudo. Mas em Borderline, uma das músicas do inicio da carreira dela mais bonitas, ela deu uma desafinada, porque a música é acima do tom dela. A música é pra soprano, ou talvez até sopranissimo, mas ela é mezo (eu acho). Mesmo assim foi um desses 'a platéia toda cantando junta", então não importou muito não.
Momento mais "A Madonna tem que ser um robô": Ela pulando corda. Tipo meu, pulando corda tipo power corda. Tipo duas cordas ao mesmo tempo, e rápido e tipo, nem com seis anos eu tinha pique pra pular assim, quem dirá aos 50, depois de metade de um show em que ela não pará quieta dois segundos. Um robô, eu digo.
Momento mais engraçado: A Madonna fingindo (ou sei lá) se masturbar com a guitarra. Foi tão... Madonna sabe, nem chegou a ser chocante, é o que se espera da Madonna. E isso me fez rir bastante. O sotaque britanico falso dela também é altamente hilário. Ow Madge, todo mundo sabe que você é de Detroid.
Momento interação com público: Ela cantando à capella Like a Virgin, junto com o público. Ela cantava uma frase, o público cantava outro, e óbvio todo mundo sabia a letra toda. Eu nem gosto tanto assim de Like a Virigin mas eu achei legal.
Momento "sim eu sou pimp, e dái": Ela andando naquela Mercedez, ou Rolls Royce, eu sei lá, não entendo de carro, no meio do palco. Primeiro momento em que eu fiquei completamente impactada com a estrutura do negócio.
Música desperdiçada: Então, você tem um bloco inteiro do show que é sobre pular corda e você não toca Jump? Tudo bem que tocou as primeiras notas, mas mesmo assim, oportunidade perdida. Tsc, tsc.
Momento mais brega: Até certo hora foi a imagem do Obama no final do vídeo de Get Stupid, mas aí... Então, momento banquinho e violão, que o show se livra de toda parafernália e fica só ela lá na frente. A música é You Must Love Me, a música mais bonita de Evita e que fala muito sobre como deve ser, ser Eva Perón, ou a Madonna. Nessa hora o telão mostra a galera da área Vip morrendo de chorar e mostrando cartazes com dizeres tipo "Yes, I love you" e "Madonna I heart U". Tudo muito bonito, e básico, e realmente a música é emocionante, até eu tava com um nó na garganta. Até que, antes da ultima frase da música, ela para de tocar, olha pro publico, olha pra baixo, e "enxuga duas lágrimas". Eu virei pra minha mãe e ri desesperadamente.
Melhor música: Empate, entre, como eu já falei, Like a Prayer, e Hung Up. Duas músicas completamente diferentes e extremamente perfeitas. Só faltou Don´t Tell Me, que é a minha favorita.
Melhor "participação especial": Todo mundo sabe que ela canta 4 minutes, single do ultimo disco, com o Justin, mas como ia fazer ela sozinha. Ia cantar a música sozinha ou o quais? No esquema que tava sendo até aquele momento eu achei que ia só aparecer a imagem dele no telão. Mas aí começa a tocar aquela introdução, e DO MEIO DO PALCO, sobem quatro telas finissimas e o Justin surge, EM TAMANHO REAL, e não só canta, como DANÇA. Do Caralho!
Pior "participação especial": Por algum razão a Britney Spears aparece no telão enquanto toca Human Nature. Ela nem canta nem nada.
Melhor momento altamente antecipado durante o show: Hung Up foi o tema do show. Aquele tic-tac, tic-tac, tic-tac, permeiou o show inteiro. Mas só tocou a música mais no final, quando você já tava totalmente pumped pra ela. E foi perfeito.
Pior momento altamente antecipado durante o show: Music era outra que eu achava que ia arrasar, mas na hora que começou o microfone dela falhou e ficou tudo meio sem energia. A platéia nem cantou junto o refrão, o que eu esperava muito.
Momento mais bizarro: Então começa a tocar She´s not Me, uma música que eu não conhecia que fala, basicamente sobre seu marido querer ficar com uma mulher que se parece com você, mas não é você. Nisso começa a aparecer imagens de todas as fases da Madonna, de noiva cantando Like a Virgin até de vaqueira em Don´t tell me, passando por todas as permutações. Aí na ponta do palco que adentra a area VIP aparecem quatro Drag Queens, cada uma representando uma Madonna. Uma tava Madonna no principio, de renda, colares e luvas. Outra com o vestido cor-de-rosa Marylin Monroe que ela usa no video de Material Girl. Outra com uma roupa de Vogue, e outra com visual de The Girlie Show. Até aí tudo bem. Mas então a Madonna chega perto e começa a tirar uns pedaços da roupa de cada uma das Drags de maneira muito maniaca e começa a ficar estranho. Aí ela pega uma Drag e dá um puta de um beijo e eu comecei a ficar "hum, isso é meio doido". No final da música ela expulsa as Drags do palco, fica de quatro e começa a por na cabeça, uma a uma, as perucas que elas tavam usando, uma empilhada na outra. E depois volta pro palco principal se arrastando de quatro. Eu fiquei preocupada pela sanidade da mulher.
Momento mais "a Tereza é estranha": Sim, eu gosto de Die another Day, e sim, eu gostei da música no show.
Enfim, por alto, foi isso que me chamou mais a atenção, e o fato que ela carrega o show sozinha, e você realmente entra no mundo Madonna. Essa historia eu vou contar pros meus filhos e netos.
sábado, 29 de novembro de 2008
I dare you (because I can)
Gravidade, tensão superficial, equilíbrio. Coisas que não compreendia e não acreditava na verdade. Preferia ter uma existência mágica, era defensor do destino, de vampiros, Shakespeare, Superman e da música. Era defensor do amor.
Enfiava as mãos no bolso do casaco e descia, pela parte molhada, fazendo um barulho de chapinhar enquanto caminhava.
Andar pela água não era tão difícil assim.
sábado, 8 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Masoquismo
Freud explica
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Post em construção (These are a few of my favorite things)
Cachorro
Sorvete de Menta com chocolate
Cavalo
Máquina de lavar roupa (pela praticidade e entretenimento)
Panela com teflon
Veronica Mars
Edredon
Camisas de flanela
Mulder & Scully
Coca-Cola (dãr)
Camisetas de algodão passadas
Pastilhas Garoto de Hortelã
Neil Gaiman
Chocolate Duo da Nestlé
Dame Julie Andrews (A mais Lady)
Peter Pan
O álbum Branco dos Beatles
Outback
Dallas
Blair Waldorf
Batatas de Salsa e Cebola da Visconti
Fones de ouvido
Inclusive, Rock n´Roll
Ficção Cientifica
Chicabon
Carmen Miranda
A trilha sonora de Juno
Filmes do Tim Burton
Barney Stintson
Realismo Fantástico
Orgulho e Preconceito (Mr Fitzwilliam Darcy)
Blogs
Unplugged Nirvana
(esse post deve continuar ad infinitum, sempre que eu lembrar de alguma coisa vou tentar colocar aqui, mas por hoje é só, pessoal)
terça-feira, 7 de outubro de 2008
21, and still AWESOME
domingo, 5 de outubro de 2008
Black Hole
E tipo, eu sei que isso tá parecendo diário (ewwww!) e que ninguem tem nada a ver com isso, mas sei lá, eu sempre fico com vontade de escrever quando fico triste.
domingo, 28 de setembro de 2008
Cheiro de borracha queimada.
Encostou o braço na porta de metal pra ver se esfriava. Seu suor melado fez um som úmido com o contato. Tinha muita vontade de tomar um Gatorade agora.
Quando viu aquele moço de bicicleta sentiu pena e inveja. Toda a atividade física devia ser suspensa, na sua opinião, mas pelo menos o movimento trazia um ilusório vento.
Tentou fazer um leque improvisado com as mãos, mas isso só o cansou. Queria quase desistir de existir, e o fato é que parecia incrivelmente dificil pensar agora, lento e doloroso.
Se esticou ao máximo no chão gelado e não conseguia se decidir se devia virar a cabeça pra direita ou esquerda. Qual bochecha sentiria mais calor. Por alguma razão isso parecia de extrema importancia no momento.
Seus olhos começaram a ficar pesados e alguma coisa no seu cérebro começou formigou e ele pensou que seria uma má idéia dormir agora. Não conseguia se lembrar porque.
Ah sim! Aquilo!
Tarde demais, amanhã a gente conversa.
domingo, 7 de setembro de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Judy, Carmem e Madge
you can sing most anything "
Julie Andrews
Drogas para dormir, drogas para ficar acordada, drogas para emagrecer,drogas pra se distrair, drogas para continuar vivendo.
Ela diria que é pra pagar as contas. Ela nasceu fazendo isso, é só isso que sabe fazer e ser arrimo de família é um hábito difícil de se perder. Porque quando você pensa que vai conseguir descansar por cinco minutos, quando você pensa que as coisas vão poder sair do seu controle e tudo vai ficar bem, é quando acontece.
Entrevistas, reportagens, livros. Irmão, mãe, sua própria filha.Ela é difícil, é ingrata, é louca. Eles nunca reclamam enquanto ela está trabalhando.
E se eles pedem perdão ela aceita, porque família é lar, e não há lugar como nosso lar. Isso é o que ela diz, pelo menos. O sangue é mais grosso.
Aqui, atrás da cortina, ouvindo o murmúrio, ou o grito, do público é que faz valer a pena. O tecido vermelho escuro é a única coisa que a separa do seu extâse.
O Paraíso é na Terra e se chama palco. E ela se pergunta como alguém sobrevive sem isso. Porque não existe substância ilícita melhor que a adrenalina da antecipação e não há maneira de ficar mais próximo de alguém do que quando você canta pra uma pessoa e somente pra ela.
E é por isso que seu ato é longo. Porque cada um ali tem uma música que é dele e ela tem que cantar pra todos. Porque é isso que ela faz melhor e ela é a melhor no que faz.
E não é preciso sapatinhos de rubi, balangãdas ou crucifixos. Ela já está em casa.
sábado, 19 de julho de 2008
Why so serious?
terça-feira, 1 de julho de 2008
assim
-O nosso amor é tipo assim, épico.
-Okay, Logan.
-Quem?
Ele pisa nos pés dela e ela tem que conduzir. Será um tango? Ele grita com entusiasmo e ás vezes ela manda ele calar. Ás vezes ela grita junto. E essa é minha parte favorita.
Ela fica muito quieta e ele fica quieto também, por três segundos que seja, e pergunta o que está acontecendo e ela só olha e ele entende. E essa é a minha parte favorita.
-É tipo assim, daqueles que te fazem querer voar.
-E uma rosa por outro nome ainda terá o mesmo perfume?
-Bebeu?
E quem diria que era tão fácil aprender um paso doble. Pelo menos é isso que parece. Impressionante é quando ela não sabe, e ele tem que contar, mas é claro que ela não acredita, e é claro que no fim ele que está certo. E essa é minha parte mais preferida.
Mas sabe quando eles nem se impressionam mais um com o outro? Quando o fato dele ser fantástico, e dela ser fantástica, é natural? Essa é minha parte favorita.
E lembram quando eles se lembram que eles são fantásticos, e que nem todo mundo é assim? Essa é minha parte favorita.
Não, sinto muito, mas eles se recusam a dançar isso que eles chamam de salsa. Uma pouca vergonha, isso sim. Eles tem classe, afinal. E essa, bom, essa é minha coisa favorita.
E quando eles caem no tempo e espaço e brincam que são melhores amigos. Essa é minha parte predileta.
As vezes é tudo tão intenso e rápido que eles esquecem que se gostam e viram quase que inimigos. Os mais formidáveis dos inimigos, porque eles se conhecem tão bem. E essa é minha parte favorita.
E quando ele esquece de reparar nos sapatos dela. E quando ela amarra o nó da gravata dele. E quando os dois aparecem com um corte de cabelo novo e meio que se ressentem por isso, porque cara, eu queria muito que você ficasse focado no meu cabelo. Eu acho que essa é parte favorita do mundo inteiro.
Quando ela não para de falar. E ele perde a eloquência. Ela anda com o braço entrelaçado no dele, pra não perde-lo.
O final do giro que eles fizeram direito. Talvez tenha sido um bolero o tempo inteiro.
-Intrepído. Como Lois Lane e Superman.
Ela acha graça, porque ele não assiste muita tv.
-Por favor, é o século 21, como Clark e Chloe, pelo menos.
E essa é minha parte favorita.
domingo, 29 de junho de 2008
Momento Geek 4
então o que vcs acham de picspam? Quem frequenta livejournal sabe do que eu to falando, um bando de fotos sobre algo tematicamente coerente. Pra mim, hum, coisas que eu ando assistindo/lendo/sendo obcecada por ou só passando o tempo entre uma prova de fim de semestre e outra.
Ou seja: Como eu sou geek ao cubo.
Peter Pan Escarlate: Guh, porque eu fico lendo essas coisas que eu sei que vão me fazer sofrer. A continuação oficial de Peter Pan e Wendy, é bem escrito e tem uma historia bacana, se bem que é muito mais uma continuação do mito do que do livro. E é triste, e sobre o Capitão Gancho, e triste. E muito mais simpático aos adultos do que o original. A bola da vez (pra ser zombados), são os adolescentes.
Indiana Jones e a Caveira de Cristal (ou algo assim): AWESOME! That is all.
Agente 86: Desde que eu assisti O virgem de 40 anos e amei, eu ando obcecada pelo Steve Carrel. Sou só eu ou ele é uma gracinha, daquele jeito narigudo que ele tem? Então eu fui assistir Agente 86. E não odiei! Tipo, é uma parodia, e tão não meu tipo de humor, mas é bem feito e tem umas piadas bem engraçadas e cenas de ação que não fizeram eu querer me matar, o que é um avanço com a maioria das cenas de ação hoje em dia. E ele tem uma química bem interessante com a Anne Hathaway. Bonitinho na sua maneira sessão da tarde de ser, se bem que o final poderia ser menos clichê.
Doctor Who: Aqui que eu mostro a que vim. Série de ficção cientifica, britânica, sobre um alienigena regenerativo, que viaja pelo tempo e espaço numa cabine telefonica azul, combatendo, na maioria das vezes, ameaças de outros alienigenas sobre a Terra. E as primeiras temporadas são dos anos 70. Sim, antes de Star Wars, e tals. Sim, eu acho que alcancei o limite máximo da minha geekietude. Mas pra ser justa eu não ando assistindo desde lá o principio, a coisa old school não, eu assisto a nova série, que começou em 2005, e dá continuidade a série antiga embora seja completamente diferente da original, ou pelo menos foi o que me disseram. Com alguns efeitos especiais tosquissimos e algumas historias piores ainda, Doctor Who, era pra ser light, uma série pra crianças. Mas só era, porque, de novo, atuação do caralho e um doctor que se tornou recentemente o único da sua espécie é de partir o coração. E tem a Rose, a companhia humana dele, que é do caralho e engraçada e salva o mundo algumas vezes. Agora eu to meio pra baixo, porque o nono doctor regenerou e virou o Barto Crouch Jr e as coisas simplesmente não são as mesmas, mas eu tenho esperança. Ah, e já estou viciada.
(Barto Crouch Jr, ou, o décimo doctor)
Barney Stintson: How I Met your Mother é o melhor sitcom já feito desde de Friends. No momento eu estou muito inclinada dizer que na verdade How I Met your Mother é um Friends porém melhor, mas como Friends teve dez temporadas e HIMYM ainda está na terceira eu vou dar um passe. As tres primeiras temporadas de Friends são bem do caralho, se um pouco antiquadas, do ponto de vista atual. Baseando-se fortemente em continuidade e flashbacks, Mother é a sitcom feita pra quem é fã de LOST (mas é melhor que Lost, viu, Lost cansa). Mas, não seria nada se não o brilhantismo de Barney ou do Neil Patrick Harris. Mulherengo, dork, sempre pronto pra um high-five ou uma true story, ainda assim carente ao extremo, e o mais leal dos amigos. Ele é o bro que vc sempre quis pra zoar ou pra dar uns pega (meu, a Robin é esperta). Uma atuação brilhante, um charme inconfudivel e uma série len... wait for it... dária. SUIT UP.
Blair e Chuck: Gossip Girl é AWESOME! Pronto falei, e nem é awesome no sentido de que é tão ruim que é bom, é simplesmente fantasticamente fantastico. É bem escrito, bem bolado, com a melhor trilha sonora não incidental de séries atualmente, bonito, com personagens, na grande maioria das vezes, interessantes, com atores, na grande maioria das vezes (isso não incluiu voce, Chace Crawford), muito bons. Fazer um drama adolescente, que é só um drama adolescente, ou seja, que depende apenas da interação entre os personagens principais, ser tão envolvente é uma tarefa e tanto. E Gossip Girl é sem dúvida o melhor do genero. The OC é brincadeira de criança perto de GG. E porque? Principalmente por causa desses dois aí embaixo. Puta personagens do caralho com puta atores do caralho pra interpreta-los. Esses dois são os seres mais reais de GG, embora por muitas vezes eles pareçam ser os mais cartunescos, mas sabe, é isso que as pessoas fazem, elas poem uma fachada e só de vez em quando deixam aparecer o que tem por baixo. E o que tem por baixo de Blair e Chuck? Camadas. Eles são fraking cebolas. E eu nem sou tão shipper assim, gosto dos dois separados tanto quanto juntos.
E além disso eles são as duas criaturas mais atraentes em GG (sim, por alguma razão estranha que eu não posso explicar, agora eu acho Chuck bonito... Go figures).
sábado, 14 de junho de 2008
É pra você
E sim, eu tive que quebrar um jejum que durava mais de dois anos (mais de tres) e comer um sanduiche do McDonalds. MAS VALEU A PENA!!!!!!!!!!!!!! PORQUE ELE É ROXO E É LINDO E É MEU AGORA!!!! E daqui a vinte anos ele vai valer uns trezentos doláres. Então, eu to bem. Inclusive, algo que eu desconfiava e agora confirmei, sanduiches do McDonalds são tipo a coisa menos apetitosa que já inventaram.
Eu assisti Fim dos Tempos e quase que odiei. Se não fossem algumas cenas fodásticas e alguns personagens interessantes ele teria sido intragavel. Isso porque eu sou tipo a maior entusiasta do Shyamalan que existe, e ainda acho que A Vila é o filme mais subestimado de todos os tempos. Eu culpo o Mark Whalberg, que é um péssimo ator. Alguém mais carismatico teria levado o filme melhor.
Mas anyway, a melhor parte foi que passou o trailer de Arquivo X e eu tive um ataque geek histerico de proporções só dantes vistas em relação a Harry Potter pré-livro seis. Mulder e Scully, I missed you so.
Por fim, uma das minhas propagandas que eu mais gosto. Embora não barre a do beijo do Mercado Livre:
domingo, 8 de junho de 2008
Degraus do Metropolitan
Eles começam a conversar e ela percebe que ele não é dos mais brilhantes, apesar do sotaque e isso a desanima um pouco. Pensa com seus botões desde quando ela se importa se alguém é esperto se for atraente o suficiente?
Pensa que há cinco anos teria sido diferente, mas é mentira. Ela tinha sido uma dessas pretensiosas que sempre preferiu uma boa conversa à um rosto perfeito. Como se algum adolescente tivesse uma conversa decente.
Na verdade com o passar dos anos ficou mais flexível com a questão do Q.I. Hoje já deve ter bebido demais.
E ele conta como o pai do melhor amigo dele morreu e ele viu o corpo quando os paramédicos chegaram e disseram que nada podia ser feito. Ele começa a chorar e ela pensa que há cinco anos atrás ela teria sentido compaixão e até poria uma mão nas costas dele em solidariedade.
Ela se pergunta quando ela ficou tão mórbida e pensa que há cinco anos atrás era diferente. Mas é mentira, porque com dezessete anos ela era mais mórbida que nunca, porque nem tinha começado a viver. Nunca tinha saído do Brasil, nunca tinha visto a primavera em Paris, ou andado na chuva Londrina, ou dormido ao relento numa pradaria espanhola. Principalmente nunca tinha ido a Nova York, nunca tinha descoberto que o Greenwich Village era não-legal-porém-legal, ou feito refêrencias de musicais da Broadway consigo mesma.
E ela morre de inveja dele, porque ele pode ser não tão brilhante, mas ele já está longe de casa, e bebendo whiskeys caros com uma mulher cinco anos mais velha e ele é lindo e intocado e tão jovem.
Ele pára de chorar e oferece um cigarro e ela pensa quando foi que fumar cigarros ficou cool de novo e se acha velha.
Ela se levanta para ir embora e nem pensa em beija-lo, mas ele toca seu pulso com gentileza e ela pára.
Ele anota um telefone e um endereço num cartão que tinha no bolso e diz que se um dia ela passar por Londres é pra procurá-lo.
Ele sorri aberto e olha com uma admiração tão pura que ela acaba chegando a conclusão que talvez não ter mais dezessete não seja tão ruim assim.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Dando uma de Dante
nate archibald
Circle I Limbo
Scientologists, Republicans
Circle II Whirling in a Dark & Stormy Wind
Militant Vegans
Circle III Mud, Rain, Cold, Hail & Snow
jack sheperd
Circle IV Rolling Weights
George Bush
Circle V Stuck in Mud, Mangled
River Styx
Creationists, The Pope
Circle VI Buried for Eternity
River Phlegyas
is
Circle VII Burning Sands
ron weasley
Circle IIX Immersed in Excrement
lana lang
Circle IX Frozen in Ice
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Modern girls always get their way (hell yeah!)
Parafraseado de Tópicos Especiais em Física das Calamidades, por Marisha Pessl, e possivelmente a razão de porque eu sou tão masoquista, mesmo quando não há uma razão boa o suficiente para sofrer.
Blair Waldorf, Queen (B) of the entire Universe (e uma das muitas razões de pq minha semana passada foi mais que divertida)
http://goddesspharo.livejournal.com/95901.html#cutid1 (bem melhor do que muitas coisas que se lê por aí)
E por fim, vamos celebrar o amor imortal entre Glinda e Elphaba (a finalidade desse post é demonstrar minha vida, ahem, cultural, nessas últimas duas semanas, enjoy):
terça-feira, 20 de maio de 2008
Eu me tornei a morte. Eu sou a destruidora do mundo
Eu também sou realista, eu consigo me afastar quando eu paro pra pensar sobre guerras e revoluções e outros momentos históricos. Quer dizer, eu consigo, sem grande esforço ver que a tentativa nazista e Hitler tinham lógica, quando pensado de uma maneira nacionalista, e Getúlio Vargas é pra mim um dos estadistas mais brilhantes que o país já teve. Isso não quer dizer que eu seja nazista ou getulista, e não quer dizer que eu não veja todos os grandes erros morais que envolvem esses tipos de histórias. Mas a verdade é que foram riscos tomados com certas intenções, que tinham um propósito bem definido por trás. Certos sacrifícios devem ser feitos para certos resultados serem apresentados. Essa é a história humana desde o princípio, com exemplos como a inquisição, a escravatura de hebreus por egípcios e toda aquela bagunça que eram as civilizações americanas pré-colombianas.
Eu não concordo, mas eu entendo.
Então quando eu decidi escrever alguma coisa sobre os cientistas que construíram a bomba atômica, um textinho desses meus, eu pensei que eu não teria problemas. Eu consigo racionalizar sobre essas coisas, certo? Eu consigo me distanciar emocionalmente o suficiente, não?
Mas o negocio é, eu não consigo. A frase do titulo é supostamente do Oppenheimer, depois que ele viu os primeiros testes da bomba atômica em Los Alamos, e foi ela que me deu inspiração, porque eu achei devastadoramente apropriada.
Meu plano era o seguinte, dar uma estudada no assunto, descobrir quem eram os caras mais importantes do projeto e depois passar uns dias remoendo tudo pra ver se saia alguma coisa
legal e quem sabe relevante.
Mas não rola, eu fui ver um documento intitulado Atomic Bomb Timeline e o primeiro nome é Issac Newton. Só nisso algum sinal de alerta começou a soar no meu corpo. Newton? Sério? Faz sentido, mas ver o nome dele misturado no negócio foi chocante. Algumas linhas pra baixo e vem Einsten, e sim, eu sabia que o Einstein estava envolvido, mas ali o que é citado é a gloriosa e genial teoria da relatividade e parece que meu chão desaparece. Continuo lendo uma ou outra coisa mas eu tenho que parar porque eu estou fisicamente passando mal.
Foda-se a imparcialidade. Eu não perdoo, havia escolha e nada justifica uma arma dessa, uma chacina dessa. Eu acredito que por mais feia que seja, a guerra pode ser gloriosa, mas não nesses termos, não dessa forma tão covarde.
Eu teria enlouquecido se estivesse envolvida, eu teria enlouquecido se fosse a garçonete que servia café no diner em que eles almoçavam. Como eles sobreviveram tendo martelado os rebites da bomba é inexplicável pra mim. Alguém deveria ter parado, alguém deveria ter tido bom senso e sabotado o negócio todo, tantas coisas difíceis são necessárias que facilmente alguma deveria ter errado. E não deu, por duas vezes não deu. E eu não perdoo.
Alguma coisa dentro de mim quebrou. Pra sempre. A humanidade é feia e eu questiono a validade dela no mundo. Eu costumava achar que a gente era humano pra experimentar todos os sentimentos com nuances que a outros seres não são permitidos. Amar, e brigar também. Ler livros e ver filmes e pintar quadros, essas deveriam ser as maiores realizações que alguém poderia aspirar, porque isso que é único na nossa espécie. Não matar quem vier pela frente porque sim, isso qualquer coisa é capaz de fazer. Isso é ser irracional.
Eu não sou pacifista, eu acredito que você deve por a defesa de seu grupo acima de tudo, mas não ás custas de tudo.
Mas é como o colega do Oppenheimer sussurrou no seu ouvido aquele dia, agora somos todos filhos da puta.
domingo, 18 de maio de 2008
A única maneira de manter um segredo
Você empurra os óculos da ponta do nariz, pressiona o fim da caneta e vai embora.
Alguma coisa a irritou. Provavelmente você. Isso é bom. Quer dizer que ela reconhece que você também está jogando. O que não é tão bom é que ela começa a escrever naquele maldito caderninho vermelho.
Ela sempre faz isso quando algo/alguém atrapalha sua visão, ele já notou. Que ele saiba ninguém leu o que está escrito. O que ele não daria pra ver uma página sequer...
Uma vez ele perguntou:
"E o que é isso? Um diário?"
"Eu pareço o tipo de garota que teria um diário?"
"Acho que não conheço nenhuma garota que escreve em diário, pra ser sincero. Então vai saber."
"Eu não sou esse tipo de garota."
Ele acreditou nela. Na época não se conheciam tão bem. Ele não sabia que 80% das vezes ela só estava esperando você virar as costas pra dar uma risada.
"Então quer dizer que não tem nada escrito aí sobre mim?'
"Você se acha importante o suficiente pra ter algo escrito sobre?"
Ele riu. Ela estava falando sério.
Agora ele duvida muito que esteja escrevendo qualquer coisa que não fosse sobre ele.
Ela está usando um vestido, com um salto baixo, toda prática, e ele gosta. Mas isso é segredo.
Ela acha que ele a afeta mais do que ela afeta a ele. E isso a confunde, porque sabe, se o pós-feminismo provou alguma coisa é que os meninos sempre são os mais afetados.
Ás vezes eles não são nem amigos, mas na maior parte do tempo ele é o único que entende a piada, então como ela vai desistir disso?
Ela escreve por vaidade, como tantos, mas não mostra a ninguém, por orgulho. Escrutínio público não é seu modus operanti. Ela age na surdina.
Ás vezes ela quer mostrar pra ele tudo, ela acha que assim ele vai ficar realmente impressionado, que assim ela vai voltar a ter vantagem. Mas se não der certo ela vai estar arruinada, e isso tiraria a Terra de órbita ou algo.
Ela acha que isso deveria ser um segredo, mas desconfia que ele já sabe.
Uma onda de calor sobe pelo seus dedos do pé, como naquela vez que ele beijou seu pescoço. Bons tempos.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Só um parenteses sobre a minha vida
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Porque doe é feminino de dear (como se dear já não fosse feminino o bastante)
Anyways, entrem aí:http://www.youtube.com/watch?v=DToLbYBStgs&feature=related
domingo, 27 de abril de 2008
Na trincheira
-Vai! Eu te dou cobertura.
Foi. E a leveza da mente naquele momento era imensurável. Sabe quando parece que seu corpo não pertence a você mesmo? Assim.
Nem ouvia mais os tiros ou sentia a chuva gelada. Escorregou no momento em que seria atingido. Sorte. A próxima bala atingiu o inimigo, seu espelho complementar.
Agarrou a placa de identificação metálica num gesto impensado. Não queria ser perder.
Continuou sua jornada, saltando sobre campos previamente floridos, gostava de margaridas. De um fôlego só, mergulhou no buraco da salvação. Olhou pra frente, cansado, e pôs-se a imaginar o resto do longo caminho, como seria possível voltar pra casa.
Se sentiu como Orfeu e teve que olhar pra trás. Encontrou olhos concentrados, uma arma em punho, ombros retesados.
Gritou:
-Vem! Eu te dou cobertura.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Cinco minutos para o fim do mundo
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Reflexões de uma mente inconformada
"Eu entrei para o mundo de Harry Potter tarde demais. O trem já estava para lá de acabando e porque não dizer acabado! O livro 6 já tinha sido publicado e a meleca toda já tinha sido feita! No entanto, mesmo acreditando e querendo e compreendendo os livros por uma ótica pouco aceita, eu entrei de cabeça no fandom e tentei expor meu ponto de vista!
No entanto, o meu ponto de vista sempre foi algo muito além do que uma simples disputa de shippers. O que eu realmente queria mostrar era a oscilação constituinte da compreensão/interpretação/situação. Eu queria que as pessoas entendessem que ler um livro é algo muito mais rico do que tentar entrever ali apenas UMA lei ou UMA compreensão/interpretação/situação. Eu queria que elas vissem que um livro só existe na relação leitor-livro e que o autor perde o domínio do seu livro assim que ele entra em contato com um outro leitor que não ele mesmo! O livro está sempre disposto na estante da sua casa ou da livraria ou da biblioteca, mas o que o torna LIVRO é a relação com o leitor. E desta relação, tudo pode surgir. Afinal, quando se lê um livro, se traz para a leitura não só as palavras contidas nele, mas também toda a bagagem que o leitor adquiriu durante sua vida. Este entrelaçamento de horizontes é o que possiblita tantos modos diferentes e às vezes parecidos de compreender/interpretar/situar um livro. Era justamente isto que eu queria que a cannonlândia entendesse. Ser H² em uma mar de pretensas informações e entrevistas da J.K ditas RH era possível porque ler o livro é trazer muito mais para esta relação do que um simples "a J.K disse"!
Se a cannonlândia tivesse entendido isto, ela teria compreendido porque somos H² e porque até mesmo o shipper deles, por mais que tenha ocorrido em um final tosco, continua sendo UMA possibilidade dentre muitas. O que torna H² real nunca foi o livro em si, mesmo porque o livro em si não existe. O que sempre tornou H² real foi a relação livro-leitor!
Dizer que esta relação está errada, é trazer para uma ambiência tão rica um posicionamento fundamentalista e encerrar o que é frutífero em uma determinação não cabível ao espaço da leitura.
Por isto tudo e por ver que nem a J.K pensa assim (a partir das entrevistas e discursos dela), é por isto tudo que eu nunca gostei dela.
Até o quinto livro, ela ainda deixa entrever sua obra enquanto ambiência frutífera para todos os modos de compreensão/interpretação/situação. A partir do momento que Harry Potter tornou-se receita de bolo a ser seguida, tudo perdeu a graça. A leitura não mais se deu como espaço de interação livro-leitor e a série caiu em desgraça.
Infelizmente, o cair em desgraça veio coroado com o shipper RH ou HG. Para falar a verdade, nem a cannonlândia merecia isto. Nenhum fã merecia. Não porque deu RH ou HG no final tosco, mas porque isto impossibilitou a tão frutífera ambiência existente até então!
Por tudo isto, pela perda da magia, eu só tenho a lamentar! Lamento a má condução da série. Lamento a riqueza perdida. Lamento o fato de que a grande maioria prefere a mediocridade à ambiência oscilatória da compreensão/interpretação/situação.
Mais do que lamentar a perda de um bom final para a série, eu lamento o quão tacanho é o ser humano!
Eu sempre quis respeito ao diferente e não concordância!
Para mim, o posicionamento da cannonlândia sempre foi uma amostra de que a humanidade não está preparada para a oscilação, seja no mundo de Harry Potter, seja em qualquer outro.
Por isto eu digo: a minha crítica sempre foi ao humano e a forma dele conduzir sua existência no mundo. Harry Potter era apenas um veículo mostrante da imaturidade intelectual e emocional reinante entre nós! "
Só pra completar, eu acho que a partir do momento em que Harry Potter deixou de ser um livro com múltiplas interpretações perdeu completamente a graça, então é por isso que essas entrevistas pós-sétimo livro me irritam tanto. Deixe mais coisas em aberto, é muito mais interessante. Virar e falar que o Dumb é gay, por exemplo, é tão sem propósito, era muito mais divertido quando era apenas especulação, e quem precisava daquele epilogo mongol (talvez seja a coisa que eu vi mais gente do fannon concordar que foi horrível). J K poderia ter entrado na historia por causa da sua historia, agora só vai entrar por causa dos números que sua história fez.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Filosofia de Vida
Apenas mais uma de amor
Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito
Isso de ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz (eu sempre falo vulgar)
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber
sexta-feira, 7 de março de 2008
A trail for the devil to erase
Sangrou pela primeira vez aos doze anos e sentiu que ao mesmo tempo perdia algo precioso e ganhava uma vida nova.
Suas presas cresceram aos 15 e foi aí que batata frita deixou de ser sua comida favorita. Bife mal-passado, por favor. O boi mugindo, de preferência.
Não era de usar muito preto, mas também não ia sair por aí de amarelo.
Sempre achou cemitérios interessantes, pra falar a verdade, aqueles antigos com as estátuas e criptas. Mas nunca de noite, ainda lembrava como tinha ficado dias sem dormir depois de assistir Buffy.
Não adquiriu força sobre-humana ou um poder de cura, ainda sangrava se se machucava, mas o reflexo nunca sumiu do espelho.
Matou pela primeira vez aos 18. Sem querer. Ela até que gostava dele. Mas seu coração não suportou ouvir o peito vazio dela.
Sua primeira refeição humana. É, já teve melhores. Preferia um carpaccio.
Aos 20 começou a ser caçada. Passava o máximo de tempo na praia, nunca procuravam lá.
Ficou mais bronzeada que os surfistas que ela afogava.
Foi empurrada pro meio da rua por um ladrão de carteiras que fugia da polícia. O caminhão nem a viu. Sob uma estrela prateada, morreu aos vinte cinco anos.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Aniversário
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Sushi-Bar 24 hs
Andava arrastando os pés, as pernas afastadas, as mãos tão enfiadas nos bolsos da jaqueta de couro que parecia estar se preparando pra ser atacada.
Sentou no balcão e viu pedaços de salmão rosado passarem a sua frente. De repente não estava mais com tanta fome.
Ela escaneou o ambiente e viu ele. Tinha cílios longos, que quase tocavam sua bochecha, os ombros estreitos e cabelo que seria encaracolado se não estivesse tão curto.
Viu ela observando e sorriu. Se levantou e sua figura tinha uma graça estudada. Ele quase não tinha indicio de barba.
-Algum problema com seu sushi?
-Você trabalha aqui?
-Só curiosidade. Meu nome é Kevin, por falar nisso.
Ele ofereceu a mão pra ser apertada, tinha dedos longos, unhas curtas e bem cuidadas e uma veia saltada nas costas da mão.
-Kevin? Você está falando sério?
-Talvez.
-Ana Luísa.
Ele olhou pra ela, espantado.
-Sério?
-Quem sabe?
Ela resolveu comer afinal. Lula, que tinha gosto de frango.
-Então Kevin, não está meio tarde pra você estar acordado?
-Mas baby, gatos são criaturas noturnas.
Ele era quase asqueroso. Se não fosse completamente charmoso.
-E quantos anos você tem mesmo?
-18.
Ela olhou com incredulidade.
-Okay, 16. Droga, se essa barba crescesse de uma vez.
-Eu acho que não ajudaria muito, Kev.
Ela tirou o casaco, revelando uma tatuagem (ou seria uma cicatriz?), no ombro esquerdo. Colocou o casaco no colo dele.
-Ah, eu já entendi.
-O que?
-Você, com essa história de ficar se despindo. Não é muito sutil, sabia?
-Talvez eu esteja com calor.
-Talvez você queira me seduzir.
-Não é um hábito meu tentar seduzir garotos adolescente na madrugada.
-Garotas, então?
Ela sorriu genuinamente.
-Você é o pior.
-E ainda assim você continua conversando comigo.
-Foi você que veio até aqui.
Ela apoiou os cotovelos na mesa, afundou o pescoço e sentou com as pernas abertas, como se fosse um cowboy.
-Mas Ana, você estava praticamente gritando meu nome com os olhos.
-Eu ainda nem sabia seu nome, Kev. Ainda acho que não sei.
Ela levantou e pareceu que ia sair. Passou perto dele e sussurrou.
-Eu quero ouvir você gritar meu nome.
Saiu do restaurante sem pagar a conta.
Ele teve que segui-la. Pra devolver o casaco. Você sabe.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Sing(c)el(r)o
Falou sem emoção.
-Ah, você acha isso? E porque não fala pra ele?
Os joelhos das duas se tocavam levemente. Deu de ombros.
-Pra que? Que bem faria?
-Sei lá. Talvez... sei lá.
Começou a brincar com as pontas da pulseira, já desbotada, do Senhor do Bonfim. Três desejos.
-Será que ele usa protetor solar?
-Quando vai pra praia?
-Não, não, assim, todo dia.
Piscou duas vezes, lentamente.
-Vai saber.
O barulho das bolas sendo chutadas, socadas e estapeadas era amplificado pelo teto alto.
-Eu acho as pintas dele bonitas.
-As o quê?
-As pintas. Do pescoço.
-É verdade.
Ele parou no meio da quadra, de costas para as duas. Pôs as mãos na cintura, como se seus rins incomodassem e girou o tronco.
Localizou as meninas, sorriu e acenou. Ela acenaram de volta. Saiu correndo.
-Posso te contar um segredo?
Pôs a mão na frente da boca, mas não diminuiu o volume da voz.
-Hum?
-Eu acho que ele sabe.
I think that he knows, I think that he knows.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Swear to Blog!
Letra (de ouvido, porque essa versão é diferente da original):
Paulie: Ready?
Juno: Yeah.
Paulie: You´re a part time lover and a full time friend
The monkey on your back is the lateast trend
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: Here is the church, and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: We both have shinny happy fits of rage,
I want more fans, you want more stage
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: You´re always trying to keep it real
And I´m love with how you feel
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: I kiss you on the brain, in the shadow of a train
I kiss you all staryeyed, my body swing from side to side
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Juno: The peebles forgive me, the trees forgive me
So why can´t you forgive me?
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
Paulie: Dup, durorup, durorup, durorup
Juno: Dup, durorup, durorup, durorup
Paulie e Juno: Dup, durorup, durorup, durorup
I don´t see what anyone can see in anyone else,
But you
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
O Corvo
Sua função era checar se o computador estava fazendo as contas direito. Era bom com números, números altos e simples, números que não precisavam ser embasados em muita teoria. Ele não saberia explicar, nem pra si mesmo. Ensinavam pra ele que dois mais dois são quatro e ele chegava a conclusão que quatro mais quatro são oito, só não perguntassem porque, ele simplesmente sabia.
Na escola não tinha tido amigos e era ruim em todas as outras matérias, mas desde cedo ele aprendera que se alguém fosse bom o suficiente em matemática não importava o quão péssimo ele fosse nas outras coisas. Sempre passou por conselho.
Ainda assim, não era algo que o fascinasse. Era só uma habilidade que ele tinha, assim como outras pessoas sabiam assobiar e outras não. Ninguém achava assobiar particularmente interessante, assim como ele não ligava para números.
Um dia ele tinha ouvido falar que matemática e música tinham muito a ver uma com a outra. Isso foi o suficiente pra convence-lo a não fazer matemática na faculdade. Odiava música.
Música de qualquer tipo, desde hip-hop a Bach, o deixava nervoso e claustrofóbico e se havia alguma coisa que podia tira-lo do sério era pegar carona com alguém que ligava o rádio. Evitava pegar caronas. Evitava também reuniões sociais. Reuniões sociais costumavam ter música.
O único ritmo que tolerava era a melancolia surda e repetitiva de alguma músicas eletrônicas. Desde que não houvesse alguém cantando por cima. Cantores eram os piores. Portanto tinha feito contabilidade.
E os números continuaram aparecendo, naquele padrão-fantasma não identificável. Ás vezes conceitos como dobro, triplo, raiz quadrada, metade surgiam na mente dele, mas nada que o fizesse ficar intrigado, nada que ele se sentisse compelido a identificar.
Morava no 314 . Certa vez tinha ficado mais de uma hora em frente a porta, só olhando o número, como se houvesse algo nele que explicaria tudo. Mas alguma coisa estava faltando, e nada realmente aconteceu, então ele tinha agarrado sua pasta e entrado.
Estava fadado o dia em que ia dar errado. Todas as mensagens de erro do computador se resumiam a um número; 6,29; 6,29; 6,29; 6,29.
Então algo clicou em seu cérebro e ele compreendeu. Todos os segredos guardados por um bom motivo vieram afogando sua mente, com a força de uma avalanche, e ele descobriu que sabia a mais terrível das verdades.
Naquele dia um brilho de loucura se instalou em seus olhos.
Só pra avisar pra vcs que minha crise está terminada, e deu tudo certo, mas eu me sinto meio desconfortavel em escrever sobre ela aqui, mas valeu pelos votos de confiança. Então, eu to querendo voltar pra Bsb quinta ou sexta, e se alguém quiser me pegar na rodoviaria e me dar carona pra casa eu agradeço, porque a minha mãe vai viajar e volta só domingo, e táxi é caro... Ah, por último, se alguém não entendeu a referencia do titulo, está desesperadamente precisando ler Poe.